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Na ONU, Trump ameaça ‘destruir totalmente’ a Coreia do Norte

Em mais de 40 minutos de discurso, o líder americano também abordou a atual crise venezuelana e o grande acordo nuclear assinado com o Irã em 2015

Por Da redação
Atualizado em 19 set 2017, 15h38 - Publicado em 19 set 2017, 12h01
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  • Em seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou “destruir totalmente” a Coreia do Norte. Segundo o líder americano, o “mundo todo” corre perigo diante do avanço do programa nuclear de Pyongyang.

    “Se os muitos que são justos não enfrentam os poucos que são perversos, então o mal triunfará”, disse Trump, que afirmou que seu país está pronto para o ataque, mas espera resolver o conflito com os norte-coreanos por meio da diplomacia. O americano pediu que países-membros da ONU aumentem a pressão para que Kim Jong-un abandone as armas nucleares, ao abordar a questão que considera ser seu principal desafio global.

    O presidente também agradeceu à China e à Rússia por ter votado a favor das sanções contra a Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU, apesar de destacar que é preciso fazer “muito mais” contra as ameaças de Pyongyang.

    Em mais de 40 minutos de discurso, o líder americano também abordou a atual crise venezuelana e o grande acordo nuclear assinado com o Irã em 2015. Para Trump, o pacto “foi um dos piores já assinados” pelos Estados Unidos e é “uma vergonha para seu país”. O presidente ressaltou que pode abandonar o acordo se suspeitar que “proporciona uma brecha para uma eventual construção de um programa nuclear”.

    Segundo o americano, o mundo enfrenta ameaças destrutivas de Estados desonestos e de “terroristas e extremistas”.”Regimes desonestos não apenas apoiam terroristas mas ameaçam outras nações com a arma mais destrutiva conhecida pela humanidade”, disse Trump, referindo-se a armas nucleares, durante sua primeira aparição na Assembleia- Geral da ONU.

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    Lendo seu discurso com atenção, Trump prometeu que as forças militares de seu país em breve estarão mais fortes do que nunca. O líder disse ainda que os Estados Unidos não buscam impor sua vontade sobre outras nações e que respeitarão a soberania de outros países.

    “Eu vou defender os interesses dos Estados Unidos acima de tudo”, disse. “Mas, cumprindo nossas obrigações com outras nações, nós também percebemos que é do interesse de todos buscar um futuro em que todas as nações possam ser soberanas, prósperas e seguras”.

    Venezuela

    A crise na Venezuela também foi foco do discurso de Trump. O presidente ressaltou os esforços de sua administração para impor novas sanções ao regime do presidente Nicolás Maduro e exaltou a cooperação americana com outras nações latino-americanas na busca pela democracia e liberdade no continente.

    “A ditadura socialista de Nicolás Maduro infligiu dor e sofrimento terríveis às pessoas boas daquele país”, disse Trump. “Este regime corrupto destruiu uma nação próspera, impondo uma ideologia fracassada, que produziu pobreza e miséria em todos os lugares em que se tentou implantá-la”.

    O líder também afirmou, mais uma vez, que os americanos estão “preparados para tomar novas medidas” contra o regime de Maduro se for necessário.

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    ‘Estados Unidos primeiro’

    Donald Trump defendeu o princípio dos “Estados Unidos primeiro” e disse que todos os líderes do mundo deveriam também pensar nos interesses de seus próprios países, embora sem abandonar a cooperação em certos temas. “Como presidente, sempre colocarei os Estados Unidos primeiro, assim como os senhores, como líderes de seus países, deveriam sempre pôr seus próprios países primeiro”, disse Trump em seu primeiro discurso na Assembleia-Geral.

    O presidente também sustentou que as nações soberanas e independentes devem ser a base da ordem mundial e da busca pela segurança. “Nosso sucesso depende de uma coalizão de nações fortes e independentes que abracem sua soberania para promover segurança, prosperidade e paz, para cada um de nós e para o mundo”, afirmou.

    ONU

    O líder americano falou mais uma vez sobre as contribuições americanas para as Nações Unidas e disse que os Estados Unidos carregam um “encargo injusto” quando comparado a outras nações. Segundo Trump, os Estados Unidos são responsáveis por 22% do orçamento da organização.

    O presidente convocou os países-membros da ONU a fazerem mais por algumas partes do mundo que estão em conflito e “indo para o inferno”. “As pessoas poderosas nesta sala, sob a orientação e o apoio financeiro das Nações Unidas, podem resolver muitos desses problemas viciosos e complexos”, disse.

    O discurso desta terça marcou a estreia de Donald Trump na Assembleia-Geral da ONU. O republicano abordou grande parte dos temas esperados pela comunidade internacional, porém não mencionou a atual crise da minoria muçulmana rohingya, o processo de paz entre palestinos e israelenses e a busca por soluções para a mudança climática.

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    (Com agências internacionais)

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