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Nações bálticas derrubam memoriais soviéticos

Em reação à invasão da Ucrânia pela Rússia, pelo menos 70 monumentos que homenageiam a USSR devem ser destruídas só na Letônia

Por Vitória Barreto 8 jul 2022, 20h21
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  • Latvia, Riga: Photo panels of the war photo exhibition in front of the Victory Monument. An exhibition of war photos from Ukraine has been opened in the Latvian capital Riga shortly before the Russian "Victory Day" on May 9. Photo: Alexander Welscher/dpa (Photo by Alexander Welscher/picture alliance via Getty Images)
    O conselho da cidade da capital da Letônia, Riga, concordou em desmantelar o controverso Monumento da Vitória.  (Alexander Welscher/Getty Images)

    Uma nova lei na Letônia, desencadeada pela invasão russa na Ucrânia, permite que autoridades locais removam cerca de 300 itens que homenageiam a União Soviética, em espaços públicos. O parlamento já apresentou uma lista de edifícios, placas e memoriais a serem desmantelados ou relocados. O total exato ainda não foi determinado.

    O Monumento da Vitória, perto da capital Riga, está fechado para visitantes e vai ser desmantelado em 15 de novembro. Há controvérsias sobre a existência da coluna de 79 metros que comemora a vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazista no país. 

    Letônia, Estônia e Lituânia – os três Estados bálticos ocupados pela Alemanha nazista e pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial – acreditam que os memoriais não só representam a derrota dos nazistas, mas também como os países sofreram durante a ocupação da União Soviética.

    No entanto, a demolição do Monumento da Vitória ofende a minoria que fala a língua russa no país. Em maio 14 de maio, a polícia em Riga prendeu grupos que cobriram a estátua com flores e protestavam contra a sua demolição.  

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    Por causa da invasão da Rússia na Ucrânia, o espaço para ambiguidade nos espaços públicos tem diminuído. Todos os três países bálticos baniram recentemente alguns meios de comunicação russos em seus países. O futuro do ensino de língua russa também está sujeito a questionamentos no momento. 

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    O presidente da comissão parlamentar que supervisiona a lei sobre os  memoriais, Arvils Ašeradens, vê as forças armadas russas modernas como uma continuação das forças soviéticas. 

    Ele afirma que mesmo que o respeito pelas vítimas da Segunda Guerra Mundial seja universal, “não queremos ter monumentos de propaganda que glorifiquem o Exército Vermelho”, disse Ašeradens ao jornal Aljazeera. 

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    O legislador afirmou que a  invasão tornou as coisas “mais em preto e branco”. “Você está apoiando o regime de Putin ou está contra o regime de Putin”, acrescentou. 

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    Demolir estes objetos pode parecer uma ruptura repentina com a história, mas desde a dissolução da União Soviética (1990-1991) a ação tem sido discutida no Leste Europeu. Há três décadas que vários monumentos leninistas já foram demolidos na Lituânia.

    Em 2016, a Polônia retirou diversos objetos ligados ao exército soviético. Há dois anos, a República Tcheca reescreveu a placa de uma estátua de Praga em homenagem ao marechal russo Ivan Konev e depois a removeu completamente. 

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