Netanyahu diz não querer terminar guerra e ‘deixar Hamas como está’
Primeiro-ministro de Israel afirmou que fase mais intensa do conflito com o grupo terminará "em breve"
![O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu](https://gutenberg.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/000_34VY8AY.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo, 23, que a fase de combate intenso contra o Hamas vai chegar ao fim “em breve”, mas que a guerra não vai terminar até que o grupo deixe de controlar a Faixa de Gaza.
Netanyahu afirmou que, quando essa fase acabar, Israel poderá mobilizar mais forças para o norte, na fronteira com o Líbano, contra o Hezbollah. “Depois que a fase intensa terminar, teremos a possibilidade de mover parte das forças para o norte. E faremos isso. Em primeiro lugar, para fins defensivos. E, em segundo lugar, para trazer nossos residentes para casa”, declarou. “Se pudermos, faremos isso diplomaticamente. Caso contrário, faremos de outra maneira. Mas traremos (os residentes) para casa”, acrescentou.
Questionado sobre quando terminará a fase de intensos combates contra o Hamas, o primeiro-ministro respondeu: “em breve”. “Não estou disposto a acabar com a guerra e deixar o Hamas como está”, declarou.
Armas
O primeiro-ministro israelense voltou a reclamar da demora dos Estados Unidos para o envio de armamentos, que teria começado há quatro meses, segundo ele. “Recorremos aos nossos amigos americanos e solicitamos que os envios fossem acelerados. Fizemos isso repetidamente. Fizemos isso nos mais altos níveis e em todos os níveis, e quero enfatizar: fizemos isso a portas fechadas”, disse. “Recebemos todo tipo de explicações, mas uma coisa não recebemos. A situação básica não mudou”.
A crítica de Netanyahu aos EUA ocorre em meio à mudança de postura do presidente Joe Biden em relação ao conflito. O americano tem feito cada vez mais críticas sobre os ataques de Israel a Gaza. O enviado dos Estados Unidos, Amos Hochstein, viajou ao Oriente Médio na semana passada para tentar amenizar as tensões entre Israel e o Hezbollah.