No ‘New York Times’, ‘Xandão’ vira ‘Big Alex’ em reportagem sobre Brasil
Jornal americano chamou Alexandre de Moraes pelo apelido após relembrar discurso realizado depois do segundo turno das eleições
O jornal americano The New York Times relembrou o discurso do ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, depois que as eleições terminaram. Após a fala de Moraes, ele foi aplaudido e chamado de “Xandão”.
No artigo, que foi publicado no domingo 22 e assinado pelo correspondente Jack Nicas, o apelido para Moraes foi traduzido como “Big Alex”.
“No meio desse grupo de dirigentes estava o próprio Sr. de Moraes. Ele fez um discurso contundente sobre o valor da democracia, cantando ‘Xandão’ ou ‘Big Alex’ em português. ‘Espero que a partir das eleições’, disse ele, ‘os ataques ao sistema eleitoral finalmente parem'”, diz o trecho da matéria referente ao presidente do TSE.
Na reportagem, Nicas ressalta a participação de Moraes na transição do governo Bolsonaro para o governo Lula. Além disso, ele dizia esperar que os ataques ao sistema eleitoral parassem depois que o resultado das eleições saísse.
Esta não é a primeira vez que a imprensa faz uma tradução em reportagem sobre o Brasil que chama atenção. No último 7 de setembro, que marcou os 200 anos da Independência, o presidente Jair Bolsonaro esbravejou que é “imbrochável” ao ouvir gritos de “mito”. Para alguns repórteres estrangeiros, foi uma tarefa árdua tentar explicar aos seus leitores o significado.
Nas redes sociais, o jornalista Tom Phillips, correspondente do jornal britânico The Guardian, relembrou que o periódico já usou a tradução “unfloppable” em uma reportagem de abril, já que não é a primeira vez que o presidente usa o termo em um evento oficial.
Além disso, em agosto do ano passado, o Times adicionou o termo “tchuchuca” ao vocabulário. A novidade ocorreu após um youtuber ter usado a palavra para descrever a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação ao centrão no Congresso. A gíria viralizou, mas veículos internacionais tiveram que fazer malabarismos na tradução.
A reportagem do Times precisou contatar uma tradutora para ajudar na missão de transmitir ao leitor internacional o real significado do que Bolsonaro foi chamado. O termo “centrão” também foi contextualizado.