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Nobel da Paz sai em defesa de Cristina Kirchner e usa Lula como exemplo

Ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina foi condenada a seis anos de prisão nesta terça-feira

Por Da Redação
Atualizado em 6 dez 2022, 20h27 - Publicado em 6 dez 2022, 19h09
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  • O arquiteto e ativista dos direitos humanos argentino Adolfo Pérez Esquivel, agraciado com o Nobel da Paz de 1980, comparou nesta terça-feira, 6, as acusações contra a vice-presidente argentina Cristina Kirchner às batalhas do presidente eleito brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, com o Judiciário.

    + Cristina Kirchner é condenada a 6 anos de prisão por corrupção

    “Na Argentina há máfias integradas por atores do Poder Judiciário, meios de comunicação e funcionários do governo que acreditam ser impunes para delinquir e perseguir dirigentes populares. Não puderam com Lula, não poderão com Cristina. O povo têm memória”, disse em publicação nas redes sociais.

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    Um dos fundadores do Servicio Paz y Justicia en América Latina, junto a bispos, teólogos e militantes, Esquivel recebeu o Nobel da Paz por seu trabalho na defesa dos direitos humanos, sobretudo no enfrentamento aos crimes de tortura e desaparecimento forçado de militantes políticos e agentes comunitários e pastorais nas ditaduras militares de países da América Latina.

    A ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada nesta terça-feira a seis anos de prisão por fraudes contra a administração pública, em uma ação conhecida como “Causa Vialidad”. Além da pena, a política também perde de forma perpétua a capacidade de exercer cargos públicos.

    Embora tenha sido inocentada do delito de associação criminosa, Kirchner é acusada de direcionar centenas de milhões de dólares em licitações, financiadas pelos contribuintes, para um sócio e amigo de sua família construir estradas na Patagônia, na ponta da América do Sul. Os projetos muitas vezes ficaram inacabados ou foram cancelados.

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    Antes mesmo da leitura do veredicto, comparações entre Cristina e Lula já haviam sido feitas. Um dia depois do pedido de prisão para a política feito pelo Ministério Público, a governadora da província argentina de Santa Cruz, Alicia Kirchner saiu em defesa da cunhada.

    Segundo Alicia, irmã do ex-presidente Néstor Kirchner e ex-ministra do Desenvolvimento Social tanto na presidência dele quanto na da cunhada, as acusações são parte de “uma manobra para deixar a vice-presidente fora da corrida eleitoral”, assim como teriam feito com o ex-presidente brasileiro Lula.

    “Uma parte do Poder Judiciário quer perseguir Cristina como fizeram com Lula e outros. Armam casos sem provas para discipliná-la por trabalhar em benefício do povo. Exigimos o fim da perseguição, vivamos em democracia”, escreveu em suas redes sociais, se somando às duras declarações de perseguição política feitas por Cristina Kirchner.

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    Alicia também comparou as acusações contra Cristina ao que descreveu como “o mesmo que ocorreu com Lula, Correa e outros líderes do continente cujos casos e acusações depois foram derrubados”, citando tanto o ex-presidente brasileiro quanto o ex-presidente equatoriano Rafael Correa.

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