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Novo rei motoqueiro e ‘sincerão’ ascende ao trono na Malásia

Ibrahim Sultan Iskandar assume posto num momento em que a intervenção da realeza se faz necessária em meio à instabilidade política na nação asiática

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h00 - Publicado em 31 jan 2024, 10h06
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  • O sultão Ibrahim Sultan Iskandar assumiu, nesta quarta-feira, 31, o trono da Malásia, uma pequena nação asiática que acredita-se ser o único sistema de monarquia rotativa do mundo. A ascensão da figura moderna, um motoqueiro com fama de não ter papas na língua, ocorre num momento em que a intervenção da realeza tornou-se cada vez mais necessária para enfrentar a instabilidade política no país.

    Conhecido pela sua grande coleção de carros e motos de luxo, Ibrahim e a sua família têm patrimônio avaliado em pelo menos US$ 5,7 bilhões (R$28,22 bilhões), com acervo que também inclui terras em Singapura e investimentos em várias empresas dos setores de óleo de palma, imobiliário e telecomunicações.

    O sultão de ascendência malaio-britânica pertence à poderosa família real Johor, cujo chefe comanda um pequeno exército privado. Casado e com seis filhos, o novo rei costuma fazer viagens anuais por Johor em uma motocicleta Harley-Davidson, distribuindo caridade aos pobres.

    Monarca “sincerão”

    Ibrahim é conhecido ainda por falar abertamente sobre corrupção nos corredores do poder da Malásia e, numa entrevista ao jornal singapurense The Straits Times, em dezembro passado, o homem de 65 anos disse que não estava interessado em se tornar um “rei fantoche”.

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    “Há 222 [legisladores] no parlamento. Há mais de 30 milhões [habitantes] lá fora. Não estou com vocês, estou com eles”, disse ele ao jornal. “Apoiarei o governo, mas se achar que eles estão fazendo algo impróprio, direi a eles.”

    Ele é visto, além disso, como um religioso moderado. Em 2017, ele ordenou que o proprietário de uma lavanderia se desculpasse por supostamente discriminar clientes não-muçulmanos.

    A singular monarquia da Malásia

    Nove governantes de etnia malaia revezaram-se como reis durante mandatos de cinco anos desde que a Malásia conquistou a independência do Reino Unido, em 1957.

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    Como ocorre na maioria das monarquias do mundo, a posição do sultão é em grande parte cerimonial, cumprindo papel de chefe da igreja (no caso da Malásia, o Islã) e do exército. Porém, nos últimos anos, o rei tem ganhado importância no cenário político fraturado do país, usando poderes discricionários e raros para reprimir a instabilidade.

    Nos últimos anos, o rei precisou fazer interferências para nomear três primeiros-ministros após o colapso dos governos anteriores, e devido a um parlamento dividido – ou seja, sem líder claro, impedindo a declaração do premiê – após as eleições.

    Além disso, na Malásia, o monarca tem o poder de perdoar. Em 2018, o sultão Muhammad V emitiu um perdão real a Anwar Ibrahim, que cumpriu pena de prisão por sodomia e é agora primeiro-ministro da Malásia – com quem Ibraim possui relacionamento próximo.

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