Cerca de 6,5 milhões de pessoas precisaram se deslocar internamente na Ucrânia desde o início do conflito com a Rússia, em 24 de fevereiro, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, a Acnur, nesta sexta-feira (18).
O número atual se aproxima daquele estipulado pela ONU no início do conflito, quando a organização estimou que 6,7 milhões de ucranianos iriam se deslocar internamente ao longo de toda a guerra. Além disso, o número de refugiados que deixaram o país em direção às nações vizinhas ultrapassou 3,2 milhões.
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A Acnur indicou que do total de pessoas deslocadas, cerca de 90% corresponde a mulheres e crianças. Ainda de acordo com a agência, a Polônia é o país que mais recebeu refugiados, seguido por Hungria, Eslováquia, Rússia e Romênia.
Estimativas feitas pela Organização Internacional para Migrações sugerem que o deslocamento de pessoas na Ucrânia caminha a passos largos para se equiparar à guerra da Síria, que já expulsou mais de 13 milhões de pessoas ao longo de anos de conflito.
Além do número de refugiados, dados das Nações Unidas apontam que 816 civis foram mortos até o momento, sendo pelo menos 58 crianças. Ao mesmo tempo, fontes do governo ucraniano apontam que esse número ultrapassa os 2.000.
“A maioria das mortes foi causada pelo uso de armas explosivas com ampla área de impacto, como mísseis, sistemas de lançamento de foguetes e ataques aéreos. É provável que os números reais sejam consideravelmente mais altos, principalmente pelo fato que alguns relatórios foram adiados devido à hostilidades e outros aguardam confirmação”, disse o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH).
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