Número de mortos em Gaza chega a 83 e Israel planeja invasão por terra
Forças Armadas já estão reforçando suas tropas na fronteira e convocaram inclusive militares da reserva para atuar
O número total de palestinos mortos nos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza chegou a 83, segundo anunciou nesta quinta-feira, 13, o ministério da Saúde local. Entre as vítimas estão 17 crianças e sete mulheres. Do lado de Israel foram sete mortos.
Diante da continuidade do conflito, que já se arrasta por quase uma semana, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu planeja um ataque por terra contra as forças do Hamas. O grupo, considerado terrorista pelos governos dos Estados Unidos e União Europeia, controla Gaza atualmente.
Segundo afirmou o o porta-voz militar de Israel, Hidai Zilberman, ao jornal Times of Israel nesta quinta, o plano de invasão foi apresentado ao Comando Geral do Exército para aprovação. As Forças Armadas já estão reforçando suas tropas na fronteira com o território palestino e convocaram inclusive militares da reserva para atuar.
Zilberman diz que as mortes de civis em Gaza foram causadas pelos próprios foguetes palestinos defeituosos e afirma que “neutralizou entre 60 a 70, talvez 80” pessoas com “armas nas mãos”. O representante ainda afirmou que foram 130 os foguetes lançados pelos grupos palestinos e interceptados pelo Iron Dome, o “escudo de ferro” israelense que intercepta e destrói os equipamentos ainda no ar.
Além dos disparos aéreos, se intensificam confrontos internos entre árabes e judeus em diversas cidades israelenses. Em Haifa e Lod, novos combates foram registrados, com várias pessoas feridas e dezenas de carros queimados.
O conflito atual é o mais violento desde 2014 e aumentou a preocupação internacional de que a situação possa sair de controle. A violência foi desencadeada por confrontos entre manifestantes palestinos e policiais israelenses na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, no final de semana.
Em retaliação, o grupo Hamas disparou ao menos sete mísseis contra áreas do território israelense de Jerusalém na tarde de segunda-feira, 10, ato que terminou sem nenhum ferido. Esta foi a primeira vez que o Hamas atacou a cidade desde 2014. Israel revidou com foguetes e as agressões não pararam desde então.
A população da Faixa de Gaza é a mais atingida em conflitos como esse, principalmente porque vive em situação de grande fragilidade. Apesar da região ser controlada pelo Hamas, há muitas famílias e civis que vivem ali. A força militar de Israel também é muito superior a do grupo palestino.