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O acordo entre Irã e Rússia que pode alterar o curso da guerra na Ucrânia

Autoridades ocidentais alegam que negociação de venda de mísseis e drones viola regra de segurança da ONU

Por Da Redação Atualizado em 18 out 2022, 17h00 - Publicado em 18 out 2022, 16h58

Autoridades do Irã anunciaram um novo acordo de fornecimento de armas à Rússia que inclui mísseis e drones, em  à série de ataques de drones que deixou dezenas de mortos na Ucrânia nesta semana.

De acordo com informações da agência de notícias Reuters publicadas nesta terça-feira, 18, o acordo foi firmado entre Rússia e Irã no início de outubro, quando o primeiro vice -presidente iraniano, Mohammad Mokhber, e funcionários do alto escalão do governo iraniano visitaram Moscou.

“Os russos pediram mais drones e mísseis balísticos iranianos com maior precisão”, disse um diplomatas iranianos à Reuters.

Um dos armamentos que Teerã concordou em fornecer é o Shahed-136, um dispositivo de ataque aéreo conhecido com “drone Kamikaze”. A aeronave pilotada remotamente carrega uma pequena ogiva que explode após impacto.

Já os mísseis, de modelos Fateh-110 e Zolfaghar, são capazes de atingir alvos a distâncias entre 300 km e 700 km.

+ Como funcionam os drones ‘kamikaze’ usados pela Rússia para atacar Kiev

A fonte ouvida pela agência de notícias rejeitou as afirmações das autoridades ocidentais de que o acordo viola uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de 2015.

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“Onde eles estão sendo usados ​​não é a questão do vendedor. Não tomamos partido na crise da Ucrânia como o Ocidente. Queremos o fim da crise por meios diplomáticos”, disse diplomata, que falou à Reuters sob condição de anonimato.

Nas últimas semanas, a Ucrânia relatou uma série de ataques russos com os drones iranianos. O Departamento de Estado dos Estados Unidos também acusou a presença dos armamentos em bombardeios em Kiev.

+ Rússia usa ‘drones kamikaze’ para devastar cidades ucranianas

Analistas avaliam que o crescente uso dos dispositivos remotos por Moscou na guerra aponta limitações da defesa aérea da Ucrânia e reflete tanto a força quanto a fraqueza do arsenal do Kremlin.

Contudo, o Ministério das Relações Exteriores do Irã, na terça -feira, negou os relatos de que as armas fornecidas teriam sido destinadas à guerra.

Nesta terça-feira, 18, o porta -voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que não tinha nenhuma informação sobre o uso dos dispositivos aéreos em ataques a Kiev.

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O aparecimento de mísseis iranianos, além dos drones no arsenal de Moscou na guerra com a Ucrânia, aumentaria as tensões entre o Irã e os Estados Unidos e outras potências ocidentais.

Sofrendo os impactos das sanções econômicas impostas ao seu setor industrial, a Rússia estaria com dificuldades de produzir armamentos, levando Moscou à importações de parceiros como Irã e Coreia do Norte.

Também enfrentando as sanções econômicas ocidentais, os governo iraniano está buscando fortalecer laços estratégicos com a Rússia contra um bloco emergente do Golfo Arábico-Israel, apoiado pelos EUA.

Dessa forma, a República Islâmica, que enfrenta uma crise política interna com manifestações contra sua “polícia da moralidade”, poderia manter seu poder no Oriente Médio.

O principal comandante dos guardas revolucionários do Irã, Hossein Salami, disse no mês passado que alguns dos “principais poderes do mundo” estão dispostos a comprar equipamentos militares e de defesa do Irã.

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