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O acordo entre Irã e Rússia que pode alterar o curso da guerra na Ucrânia

Autoridades ocidentais alegam que negociação de venda de mísseis e drones viola regra de segurança da ONU

Por Da Redação Atualizado em 18 out 2022, 17h00 - Publicado em 18 out 2022, 16h58
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  • (ARQUIVOS) Esta imagem de folheto fornecida pelo Exército iraniano em 28 de maio de 2022 mostra veículos aéreos não tripulados militares (UAVs ou drones) em uma base subterrânea em um local não revelado no Irã. - O Irã está planejando fornecer centenas de drones com capacidades de armas de combate à Rússia para uso na Ucrânia, disse um alto funcionário dos EUA em 11 de julho de 2022. Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, disse que as informações recebidas pelos Estados Unidos são apoiadas considera que os militares russos estão enfrentando desafios para sustentar seu armamento após perdas significativas na Ucrânia. (Foto do escritório do Exército Iraniano / AFP) / RESTRITO AO USO EDITORIAL - CRÉDITO OBRIGATÓRIO "FOTO AFP / EXÉRCITO IRANIANO - SEM MARKETING - SEM CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS - DISTRIBUÍDO COMO UM SERVIÇO AOS CLIENTES
    Autoridades do Irã alegam que alguns dos "principais poderes do mundo" estão dispostos a comprar seus equipamentos militares e de defesa. 18/10/2022 (Foto: Forças Armadas Iraniana/AFP)

    Autoridades do Irã anunciaram um novo acordo de fornecimento de armas à Rússia que inclui mísseis e drones, em  à série de ataques de drones que deixou dezenas de mortos na Ucrânia nesta semana.

    De acordo com informações da agência de notícias Reuters publicadas nesta terça-feira, 18, o acordo foi firmado entre Rússia e Irã no início de outubro, quando o primeiro vice -presidente iraniano, Mohammad Mokhber, e funcionários do alto escalão do governo iraniano visitaram Moscou.

    “Os russos pediram mais drones e mísseis balísticos iranianos com maior precisão”, disse um diplomatas iranianos à Reuters.

    Um dos armamentos que Teerã concordou em fornecer é o Shahed-136, um dispositivo de ataque aéreo conhecido com “drone Kamikaze”. A aeronave pilotada remotamente carrega uma pequena ogiva que explode após impacto.

    Já os mísseis, de modelos Fateh-110 e Zolfaghar, são capazes de atingir alvos a distâncias entre 300 km e 700 km.

    + Como funcionam os drones ‘kamikaze’ usados pela Rússia para atacar Kiev

    A fonte ouvida pela agência de notícias rejeitou as afirmações das autoridades ocidentais de que o acordo viola uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de 2015.

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    “Onde eles estão sendo usados ​​não é a questão do vendedor. Não tomamos partido na crise da Ucrânia como o Ocidente. Queremos o fim da crise por meios diplomáticos”, disse diplomata, que falou à Reuters sob condição de anonimato.

    Nas últimas semanas, a Ucrânia relatou uma série de ataques russos com os drones iranianos. O Departamento de Estado dos Estados Unidos também acusou a presença dos armamentos em bombardeios em Kiev.

    + Rússia usa ‘drones kamikaze’ para devastar cidades ucranianas

    Analistas avaliam que o crescente uso dos dispositivos remotos por Moscou na guerra aponta limitações da defesa aérea da Ucrânia e reflete tanto a força quanto a fraqueza do arsenal do Kremlin.

    Contudo, o Ministério das Relações Exteriores do Irã, na terça -feira, negou os relatos de que as armas fornecidas teriam sido destinadas à guerra.

    Nesta terça-feira, 18, o porta -voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que não tinha nenhuma informação sobre o uso dos dispositivos aéreos em ataques a Kiev.

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    O aparecimento de mísseis iranianos, além dos drones no arsenal de Moscou na guerra com a Ucrânia, aumentaria as tensões entre o Irã e os Estados Unidos e outras potências ocidentais.

    Sofrendo os impactos das sanções econômicas impostas ao seu setor industrial, a Rússia estaria com dificuldades de produzir armamentos, levando Moscou à importações de parceiros como Irã e Coreia do Norte.

    Também enfrentando as sanções econômicas ocidentais, os governo iraniano está buscando fortalecer laços estratégicos com a Rússia contra um bloco emergente do Golfo Arábico-Israel, apoiado pelos EUA.

    Dessa forma, a República Islâmica, que enfrenta uma crise política interna com manifestações contra sua “polícia da moralidade”, poderia manter seu poder no Oriente Médio.

    O principal comandante dos guardas revolucionários do Irã, Hossein Salami, disse no mês passado que alguns dos “principais poderes do mundo” estão dispostos a comprar equipamentos militares e de defesa do Irã.

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