O alerta da embaixada dos EUA no Brasil sobre a Copa do Mundo
Recado ocorre em meio a tensões diplomáticas entre os governos de Trump e Lula e tarifaço para produtos brasileiros
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Atualizado em 1 ago 2025, 16h14 - Publicado em 1 ago 2025, 14h53
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou no X (antigo-Twitter) um alerta para que os estrangeiros interessados em viajar ao país para assistir a Copa do Mundo de 2026 solicitem agora os vistos para entrada no país. A postagem foi feita na terça-feira 29.
“A Copa do Mundo de 2026 será a maior de todas, com partidas em 11 cidades dos EUA”, diz a publicação. “Incentivamos os viajantes estrangeiros que precisam de visto para os EUA a solicitarem agora”.
A Copa do Mundo de 2026 será a maior de todas, com partidas em 11 cidades dos EUA. Incentivamos os viajantes estrangeiros que precisam de visto para os EUA a solicitarem AGORA! Acesse https://t.co/0T54gPrhYM (aba “U.S. Visas”) para informações sobre os requisitos de visto. https://t.co/RWYaxioyhv
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) July 29, 2025
O alerta da diplomático foi publicado em meio à imposição pelo presidente americano, Donald Trump, de aumento de tarifas globais, sendo o Brasil o país mais atingido. Na quinta-feira 31, ele assinou um decreto impondo taxas de 10% a 41% sobre dezenas de países, mudando o início do tarifaço desta sexta para o dia 7 de agosto. Mercadorias brasileiras serão alvo de uma alíquota de 50%, salvo uma lista de exceções como peças de aviões e suco de laranja, sujeitos apenas à taxa base de 10%.
Em comunicado, a Casa Branca disse que a medida visa “lidar com as políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.
Além disso, o governo americano acionou a Lei Magnitsky, dispositivo para punir estrangeiros por corrupção e violações graves dos direitos humanos, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, aumentando as tensões diplomáticas entre os países. A situação pode levar Trump a adotar restrições mais duras, chegando até a cogitar a suspensão de vistos para o período do torneio.
Tradicionalmente, países-sede adotam medidas para facilitar a entrada de turistas, mas até o momento não houve manifestação oficial da Fifa sobre o tema.
Em paralelo, integrantes do Departamento de Seleções da entidade estiveram nos Estados Unidos avaliando estruturas para receber a Seleção Brasileira durante a Copa. O presidente da CBF, Samir Xaud, afirmou que a definição do local de hospedagem só será feita em dezembro, após o sorteio oficial da competição.
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