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O que os principais países candidatos ao Brics esperam do grupo

Cúpula do grupo se reúne em Joanesburgo nesta semana

Por Da Redação
Atualizado em 23 ago 2023, 16h26 - Publicado em 23 ago 2023, 16h22

Dezenas de países demonstraram interesse em aderir ao Brics, grupo de cooperação econômica que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em meio à reunião da cúpula, que ocorre entre 22 e 24 de agosto, em Joanesburgo. Entre os principais candidatos para a admissão estão Argentina, Egito, Indonésia e Arábia Saudita, e outros interessados, como o Irã.

Enquanto o presidente chinês, Xi Jinping, deseja “acelerar o processo de expansão do bloco para incluir o maior número de países”, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, encara a possibilidade com cautela, especialmente em relação a nações aliadas de Pequim, em razão das disputas na divisa sino-indiana.

Próxima à China, a Arábia Saudita já desempenha um importante papel no bloco, ocupando a posição de principal parceiro comercial do Brics no Oriente Médio, com 160 bilhões de dólares apenas no ano passado, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita.

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Terceira maior economia da América Latina, a Argentina também pleiteia uma vaga e conta com o apoio indiano, chinês e brasileiro, seu maior parceiro comercial. O país enfrenta uma grave crise econômica, permeada pela oscilação da inflação em torno de 113% no último ano e pelo empobrecimento de 40% da população, enquanto deve US$ 44 milhões (cerca de R$ 214 milhões) ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um central defensor da entrada argentina no bloco. Ele disse, em uma live nesta terça-feira, que “é muito importante a Argentina estar nos Brics” e, em contraponto aos blocos liderados pelos Estados Unidos, como G7, ressaltou que “o Brics não pode ser um clube fechado”. No ano passado, o presidente argentino, Alberto Fernández, foi convidado para uma reunião virtual do grupo.

China e Índia apoiam a candidatura da Indonésia, que já pertence ao G20. O vice-ministro do Comércio indonésio, Jerry Sambuaga, reforçou que “o interesse existe, o potencial é claro e a oportunidade está à disposição” e que a entrada abriria novos horizontes comerciais para América do Sul e África. Em 2022, as exportações nacionais para integrantes do bloco somaram US$ 93,2 milhões.

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Em boas relações com China e Rússia, o Egito deseja reduzir sua dependência ao dólar. A guerra na Ucrânia provocou crise cambial e econômica no país, agravada pela saída de investidores e pela escalada dos preços das importações de trigo e combustíveis. Apesar das dificuldades, o país ocupa a posição de segunda maior economia da África. Com a adesão, o governo egípcio poderia negociar em sua moeda, a libra egípcia, e procura atrair investimentos dos Estados-membros, sem deixar os Estados Unidos de lado.

Dono da segunda maior reserva de gás do mundo e de um quarto das reservas de petróleo no Médio Oriente, o Irã lançou sua candidatura ao Brics em junho. A economia iraniana ocupou o 22º lugar no ano passado, tendo um PIB de US$ 2 bilhões. A nação lida com uma alta inflação, crescimento lento e sanções americanas. Sua integração ao grupo teria um peso político, de forma a sinalizar que as tentativas de isolamento do Ocidente não foram frustradas.

Além de manter vínculos econômicos com a China, por meio da venda de petróleo com descontos, o país incrementou as trocas comerciais com os participantes do Brics no ano fiscal de 2022-2023, avaliada em cerca de US$ 38 milhões no setor não-petrolífero. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, viaja nesta quarta-feira para participar do encontro em Joanesburgo após receber um convite, de acordo com a mídia estatal.

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