Sete suspeitos de planejar um ataque terrorista foram presos nesta quinta-feira, 25, durante uma grande operação antiterrorismo na Bélgica. A acusação não deixa claro onde seriam os ataques do grupo e nem se há uma relação com a sabotagem às linhas de trens de alta velocidade na França nesta sexta-feira, 26.
A operação da polícia de Antuérpia realizou 14 buscas nas cidades de Antuérpia, Liège, Gand, Courtrai, Menin, Bourg-Léopold e Zonhoven.
“O objetivo da operação foi prender suspeitos de participar das atividades de um grupo terrorista, financiar o terrorismo e preparar um ataque terrorista”, informaram as autoridades belgas.
Até o momento, o alvo do suposto ataque ainda não foi identificado, “mas o que foi descoberto sugere que um ataque estava sendo preparado”, disse Arnaud d’Oultremont, porta-voz do Ministério Público Federal da Bélgica, à agência de notícias AFP. A maioria dos detidos reivindica pertencer ao Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), um ramo do Estado Islâmico (EI) no Afeganistão.
Ameaça terrorista
A Bélgica está sob “ameaça grave” de atentado terrorista desde outubro do ano passado, quando um homem que dizia pertencer ao Estado Islâmico matou dois suecos em Bruxelas. A probabilidade de ataque terrorista no país está fixada no nível três em uma escala de quatro, indicando que é “possível e provável”.
Na véspera da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, agradeceu “nossos amigos belgas que, hoje, lideraram uma operação judicial para nos proteger”.
A fala de Darmanin aconteceu enquanto a França recebia cerca de 1.800 policiais estrangeiros de 44 países, incluindo a Bélgica, como parte de uma enorme operação para garantir a segurança durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.
Já na Alemanha, dois russos supostamente ligados ao EI também foram detidos na quinta-feira por suspeita de coletar por lá e em outros países europeus doações para o grupo, a fim de financiar atentados terroristas, disseram as autoridades alemãs. O alvo dos ataques não foi divulgado e não houve indicação imediata de que os suspeitos estivessem ligados aos belgas detidos no mesmo dia.