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OCDE registra declínio ‘sem precedentes’ na aprendizagem de adolescentes

No clube das nações ricas, 25% dos jovens tiveram desempenho baixo em matemática e leitura – não sabem usar algoritmos básicos ou interpretar textos simples

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2023, 10h43 - Publicado em 5 dez 2023, 09h20
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    Quase 700 mil jovens fizeram o teste de duas horas no ano passado nos 38 países membros OCDE, bem como em 44 não-membros. É a maior comparação internacional do desempenho educativo (Arquivo/VEJA)

    A última pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre padrões globais de aprendizagem, divulgada nesta terça-feira, 5, apresentou resultados desanimadores. Segundo o relatório, as competências de matemática e leitura dos adolescentes estão em um declínio “sem precedentes” em dezenas das nações-membro do clube dos ricos, e o fechamento das escolas durante a pandemia de Covid-19 é apenas parcialmente culpado.

    Leia mais: Pandemia fez educação brasileira piorar ainda mais, mostra Pisa 2022

    O estudo identificou algumas das quedas mais acentuadas no desempenho desde o início da série histórica, em 2000, das medidas trienais de competências de leitura, matemática e ciências para jovens de 15 anos. Em comparação com a última vez que os testes foram realizados, em 2018, o desempenho em leitura nos países da OCDE caiu 10 pontos em média, e 15 pontos em matemática.

    A perda é equivalente a três quartos do valor de aprendizagem de um ano.

    Queda generalizada

    Quase 700 mil jovens fizeram o teste de duas horas no ano passado nos 38 países membros OCDE, bem como em 44 não-membros. É a maior comparação internacional do desempenho educativo.

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    Embora mais de metade dos 81 países envolvidos na pesquisa tenham registado quedas no aprendizado, a Alemanha, a Islândia, os Países Baixos, a Noruega e a Polônia tiveram resultados negativos particularmente acentuados nas pontuações em matemática.

    Em média, na OCDE, 25% dos jovens de 15 anos teve um desempenho baixo em matemática, leitura e ciências, o que significa que não sabem utilizar algoritmos básicos ou interpretar textos simples, de acordo com o estudo.

    Covid-19

    De acordo com o diretor de educação da OCDE, Andreas Schleicher, a pandemia “provavelmente” teve um papel nos baixos resultados. Porém, ele afirmou que “não superestimaria” essa variável.

    “Existem fatores estruturais subjacentes. É muito mais provável que essas sejam características permanentes dos nossos sistemas educativos, que os políticos deveriam realmente levar a sério”, declarou ele em entrevista coletiva.

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    Os países que forneceram apoio adicional aos professores durante o fechamento de escolas devido à Covid-19 tiveram melhores resultados, segundo o estudo. Desempenhos de menor qualidade, por sua vez, tendem a estar associados a taxas mais elevadas de utilização de celulares para lazer e onde as escolas reportam escassez de professores.

    Esperança

    A OCDE afirmou que o declínio não era inevitável. Em Singapura, por exemplo, estudantes obtiveram as pontuações mais altas em matemática, leitura e ciências. Os resultados sugerem que o país asiático está, em média, três a cinco anos à frente dos seus pares da OCDE.

    Depois de Singapura, Macau, Taiwan, Hong Kong, Japão e Coreia do Sul também performaram bem em matemática e ciências. Estônia e Canadá, de forma semelhante, tiveram bons resultados em ambas áreas.

    Em leitura, Irlanda, Japão, Coreia do Sul e Taiwan obtiveram notas máximas, ainda mais notáveis na Irlanda e no Japão porque os seus gastos por aluno não foram superiores à média da OCDE.

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