A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira, 30, emergência de saúde pública internacional em decorrência do surto da nova mutação do coronavírus (2019-nCoV), primeiro reportada na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019.
“Não sabemos que tipo de dano esse vírus poderia causar se se espalhar em um país com um sistema de saúde mais fraco, e que esteja mal preparado para lidar [com o surto do 2019-nCoV]. Temos que agir agora”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Adhanom ressaltou que o principal motivo para a declaração de emergência internacional não é a transmissão do novo coronavírus dentro do território chinês, mas sim o que “está ocorrendo em outros países”.
Nesta quinta, os Estados Unidos confirmou o primeiro caso de transmissão do 2019-nCoV entre pessoas em solo americano. Alemanha, Japão e Vietnã já haviam confirmado casos de transmissão.
Considerando os casos “importados”, que envolvem pacientes contaminados na China, pelo menos outros 14 países confirmaram casos do 2019-nCoV: Coreia do Sul, Singapura, Austrália, Malásia, Camboja, Filipinas, Tailândia, Nepal, Sri Lanka, Índia, Canadá, França, Finlândia e Emirados Árabes Unidos.
Ao todo, são mais de 80 pacientes fora da China sendo tratados em isolamento, de acordo com relatório da OMS publicado nesta quinta.
O Brasil segue com 9 casos suspeitos de infecção, mas nenhum ainda confirmado.
Na China, foram registrados mais de 7.700 casos confirmados e mais de 12.000 suspeitos. Pelo menos 170 pessoas morreram em decorrência do 2019-nCoV, todas em território chinês.