Peste bubônica não constitui grande ameaça na China, diz OMS
País identificou casos da doença em regiões distantes, onde população caça roedores para comer; situação está controlada, segundo órgão internacional

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira, 7, que os casos da peste bubônica identificados na China não representam grande ameça e que a situação está “bem administrada”.
“No momento, não consideramos que haja um risco alto, mas estamos monitorando de perto” a situação, junto às autoridades chinesas e da Mongólia, afirmou uma porta-voz da OMS, Margaret Harris, em coletiva de imprensa em Genebra.
A OMS destaca que a China informou esporadicamente sobre alguns casos da doença nos últimos anos, mas que a peste é “rara” e que geralmente se encontra em certas regiões do mundo onde ainda é endêmica. “A peste bubônica esteve e está conosco há séculos”, disse Margaret Harris.
A doença, que chegou a dizimar um terço da população da Europa durante a Idade Média, é transmitida de animais a humanos por picadas de pulgas infectadas ou pelo contato direto com cadáveres de pequenos animais infectados. Dificilmente ocorrem transmissões entre humanos.
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Nos últimos dias, pelo menos quatro casos foram relatados na China e na Mongólia. Autoridades da cidade de Bayannur, norte da China, tomaram medidas sanitárias após socorrerem um pastor com Peste Bubônica, no hospital local. Ele se encontra em situação estável, informou em nota a Comissão de Saúde da cidade.
O órgão proibiu a caça e o consumo de animais que podem transmitir a peste até o final do ano e pediu aos habitantes que informem sobre qualquer roedor morto ou doente que encontrarem.
Na vizinha Mongólia, outros três caso foram identificados: dois irmãos adultos, na província de Khovd, e um menino de 15 anos. Todos haviam comido carne de marmota, caçada nas redondezas. O caso do menino ainda não foi confirmado.
Cerca de 150 pessoas que tiveram contato com eles foram colocadas preventivamente em quarentena pelas autoridades do país.