Estima-se que 333 milhões de crianças em todo o mundo vivam em situação de pobreza extrema, de acordo com uma análise do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e do Banco Mundial, divulgada na quarta-feira, 13.
De acordo com o relatório, a pandemia de Covid-19 provocou uma desaceleração brusca na luta contra a pobreza infantil. Atualmente, quase uma a cada seis crianças vive com menos de 2,15 dólares (equivalente a 10,60 reais) por dia.
“As crises acumuladas dos impactos da Covid-19, conflitos, mudanças climáticas e choques econômicos, paralisaram o progresso”, impactando a população infantil, explicou a diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, que pediu que esforços sejam “redobrados para garantir que todas as crianças tenham acesso a serviços essenciais, incluindo educação, nutrição, saúde e proteção social”.
De acordo com o relatório, a África Subsaariana detém a maior quantidade de crianças vivendo em extrema pobreza e responde pelo maior aumento na última década, saltando de 54,8% em 2013 para 71,1% em 2022.
À UN News, agência de notícias da ONU, o diretor global do Banco Mundial para Pobreza e Equidade, Luis-Felipe Lopez-Calva, disse que um mundo onde as crianças são “privadas não apenas de necessidades básicas, mas também de dignidade, oportunidade ou esperança, é simplesmente intolerável”.