O Conselho de Segurança da ONU votará nesta segunda-feira o projeto de resolução que rejeita a decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, informaram fontes diplomáticas.
O texto de uma página redigido pelo Egito não faz menção aos Estados Unidos, mas pontua que “toda decisão ou ação destinada a alterar o caráter, o estatuto, ou a composição demográfica” de Jerusalém “não tem força legal, é nula e não legítima e tem que ser revogada”. Além disso, defende que o status de Jerusalém “tem que se resolver pela negociação”.
O projeto tem amplo apoio dos países, porém é esperado que os Estados Unidos vetem a resolução. Para passar, são necessários no mínimo 9 dos 15 votos e nenhum veto dos países permanentes do Conselho de Segurança: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, saudou a decisão do país de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e afirmou que foi “a coisa certa a se fazer”. O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, afirmou que “nenhum voto ou debate irá mudar a realidade”.
Israel tomou o controle da parte oriental da cidade durante a Guerra Seis Dias, em 1967, e vê toda Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos querem a parte ocidental como capital em um Estado futuro.
Várias resoluções da ONU pedem para Israel se retirar do território apropriado em 1967 e reafirmam a necessidade de interromper a ocupação dessas terras.
O anúncio de Donald Trump do dia 6 de novembro causou diversos protestos no Oriente Médio, onde nove palestinos já morreram e mais de 1.900 ficaram feridos, informou a rede Al Jazeera. A comunidade internacional também condenou a decisão.
(Com AFP e Reuters)