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Palestinos, Irã e Turquia criticam acordo entre Israel e Emirados Árabes

Pacto foi chamado de 'traição' à causa palestina; governo israelense diz que a anexação da Cisjordânia foi 'adiada', mas que 'não renunciou' à ideia

Por Da Redação
Atualizado em 14 ago 2020, 09h55 - Publicado em 14 ago 2020, 09h29
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  • Protesto contra o acordo Israel-EAU na Cisjordânia - 14/08/2020 (Raneen Sawaft/Reuters)

    Os governos palestino, da Turquia e do Irã criticaram duramente o acordo assinado entre Israel e Emirados Árabes Unidos nesta quinta-feira 13. Segundo Ancara, os EAU “traíram a causa palestina” ao se aproximar do país hebreu.

    O acordo prevê a normalização das relações diplomáticas entre Israel e Emirados Árabes. O acordo foi concluído sob mediação dos Estados Unidos e fará dos EAU o terceiro país árabe a seguir este caminho desde a criação de Israel em 1948, depois do Egito e da Jordânia.

    O governo israelense também concordou em suspender seu plano de anexar territórios da Cisjordânia ocupada. Porém, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não confirmou esta informação e declarou que a anexação foi “adiada”, mas que Israel “não renunciou” à ideia.

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    Em nota, o ministério turco das Relações Exteriores afirmou que “enquanto traem a causa palestina para servir a seus pequenos interesses, os Emirados Árabes Unidos se esforçam para apresentar isto como uma espécie de sacrifício pelos palestinos”.

    Fervoroso defensor da causa palestina, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, critica de maneira habitual os países árabes, que na sua visão não adotam uma atitude suficientemente firme ante Israel. “A História e a consciência dos povos da região nunca esquecerão esta hipocrisia e nunca a perdoarão”, completa a nota do ministério turco.

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    Os palestinos rejeitaram veementemente o acordo, chamando-o de “traição” à sua causa, incluindo à reivindicação de tornar Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel, a capital do Estado a que aspiram. Também anunciaram a convocação de seu embaixador nos Emirados Árabes e exigiram uma reunião emergencial da Liga Árabe.

    Já o governo do Irã chamou o pacto de “estupidez estratégica”. “O povo oprimido da Palestina e todas as nações livres do mundo nunca perdoarão a normalização das relações com o ocupante e o regime criminosos de Israel”, diz um comunicado do ministério das Relações Exteriores.

    O Irã, inimigo declarado de Israel, qualificou a decisão de Abu Dhabi de “vergonhosa” e fez um alerta contra qualquer interferência de Israel no Golfo. “O governo dos EAU e os outros Estados a seu lado serão responsáveis por este acordo”, destacou Teerã.

    Elogios

    O fato é que o acordo dá margem a esperanças no exterior de relançar as conversações israelense-palestinas, que estão suspensas desde 2014. Neste sentido, a Alemanha afirmou que se trata de uma “contribuição significativa para a paz na região”, que “permitirá dar um novo impulso ao processo de paz no Oriente Médio”.

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    Por sua vez, a França viu nela um “novo estado de espírito” que deve “permitir a retomada das negociações entre israelenses e palestinos com vistas ao estabelecimento de dois Estados”.

    Depois que o acordo EAU-Israel foi anunciado, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, viu “uma oportunidade para os líderes israelenses e palestinos retomarem negociações substantivas, levando a uma solução de dois Estados de acordo com as resoluções das Nações Unidas”.

    A anexação “fechará efetivamente a porta” às negociações entre as lideranças israelense e palestina e “destruirá a perspectiva” de um Estado palestino viável, disse ele.

    Entre os aliados dos EUA no Golfo, Bahrein e Omã expressaram seu apoio ao acordo. Mas a Arábia Saudita, peso-pesado na região, não reagiu. Egito e Jordânia, os únicos dois países árabes a manter laços diplomáticos com Israel após os tratados de paz concluídos em 1979 e 1994, respectivamente, reagiram com moderação.

    (Com AFP)

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