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Palestinos morrem atingidos por disparos israelenses em Gaza

Apesar de conflito, Hamas diz que trégua de longa duração com Israel "é iminente"

Por Da Redação
17 ago 2018, 20h09
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  • Dois palestinos morreram nesta sexta-feira (17) atingidos por disparos de soldados israelenses na Faixa de Gaza. Eles participavam dos protestos semanais na fronteira com Israel.

    Karim Abu Fatayer, de 30 anos, levou um tiro perto do campo de refugiados de Al Bureij. Sadi Muammar, de 26 anos, morreu por um disparo na cabeça no leste de Rafah, segundo o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

    O Exército israelense não informou sobre nenhuma morte, mas confirmou que os soldados dispararam durante incidentes na fronteira.

    Cerca de 20.000 pessoas participaram dos protestos desta sexta-feira (17). As manifestações acontecem desde 30 de março ao longo da cerca que separa Israel de Gaza.

    Segundo testemunhas, dezenas de palestinos se aproximaram da fronteira e algumas lançaram pneus em chamas contra as forças israelenses. A porta-voz do Exército de Israel disse que os soldados reagiram com “meios de dispersão de tumultos” para evitar invasões na fronteira.

    As mortes desta sexta-feira elevaram para 170 o número de palestinos mortos por forças israelenses desde que as manifestações semanais começaram. Os manifestantes reivindicam o direito de retorno dos palestinos que foram expulsos ou que fugiram de suas terras com a criação de Israel em 1948 todas as sextas-feiras.

    Negociações de trégua

    Representantes palestinos e israelenses negociam uma trégua nos conflitos com o auxílio de mediadores egípcios no Cairo. Khalil al Hayya, chefe adjunto do Hamas em Gaza, garantiu nesta sexta que um cessar-fogo de longa duração com Israel “é iminente”.

    Os esforços, apoiados pela ONU e o Catar, estão “muito próximos de chegar a um pacto que consiga trazer calma para a Faixa de Gaza”, disse Hayya.

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    O chefe de inteligência do Egito e mediador no processo, Abbas Kamel, teria se reunido esta semana em Tel Aviv com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e outros responsáveis de segurança, para abordar o processo.

    De acordo com fontes palestinas, Kamel também teria uma reunião prevista com o presidente palestino e líder do partido nacionalista Al Fatah, Mahmoud Abbas, mas esse encontro não foi confirmado.

    Abbas não participou das negociações com o restante das facções porque se opôs a pactuar uma trégua com Israel sem a presença da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

    (Com AFP, Reuters e EFE)

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