Papa beatifica religiosos assassinados em conflito...

**1/26** Papa Francis acena para a multidão enquanto chega de popamóvel para uma missa ao ar livre em Villavicencio, na Colômbia - 08/09/2017 *(Alberto Pizzoli/AFP)*

**2/26** Papa Francisco cumprimenta índios vestidos com trajes tradicionais enquanto lidera a santa missa em Villavicencio, na Colômbia - 08/09/2017 *(Osservatore Romano/Reuters)*

**3/26** Papa Francisco cumprimenta crianças em sua chegada ao aeroporto de Villavicencio, na Colombia - 08/09/2017 *(Osservatore Romano/Reuters)*

**4/26** Papa Francisco durante a santa missa em Villavicencio, na Colômbia - 08/09/2017 *(Federico Rios/Reuters)*

**5/26** Papa Francisco cumprimenta um índio vestido com um traje tradicional enquanto lidera a santa missa em Villavicencio, na Colômbia - 08/09/2017 *(Osservatore Romano/Reuters)*

**6/26** O Papa Francisco fala durante uma cerimônia no palácio presidencial em Bogotá, na Colômbia - 07/09/2017 *(Stefano Rellandini/Reuters)*

**7/26** O Papa Francisco acena para o público durante o segundo dia em Bogotá, na Colômbia - 07/09/2017 *(Federico Rios/Reuters)*

**8/26** Papa Francisco com o presidente Juan Manuel Santos no palácio presidencial em Bogotá, na Colômbia - 07/09/2017 - 06/09/2017 *(Colombian Presidency / Juan David Tena/AFP)*

**10/26** Pessoas seguram cartazes do Papa Francisco durante uma cerimônia no palácio presidencial em Bogotá, na Colômbia - 07/09/2017 *(Henry Romero/Reuters)*

**11/26** O Papa Francisco recebe crianças durante o segundo dia em Bogotá, na Colômbia - 07/09/2017 *(Stefano Rellandini/Reuters)*

**12/26** O Papa Francisco chega para uma cerimônia no palácio presidencial em Bogotá, na Colômbia - 07/09/2017 *(Federico Rios/Reuters)*

**13/26** Papa Francisco chega a Bogotá e é recebido pelo presidente Juan Manuel Santos - 06/09/2017 *(Stefano Rellandini/Reuters)*

**14/26** O Papa Francisco chega à capital colombiana Bogotá para promover a paz e a reconciliação - 06/09/2017 *(Jaime Saldarriaga/Reuters)*

**19/26** O papa Francisco chega em Bogotá para uma visita pastoral de cinco dias à Colômbia - 06/09/2017 *(Stefano Rellandini/Reuters)*

**21/26** Papa Francisco chega a Bogotá e é recebido por uma multidão - 06/09/2017 *(Luis ROBAYO/AFP)*

**26/26** O papa Francisco escuta uma mensagem de um jornalista a bordo de seu avião para Bogotá, Colômbia - 06/09/2017 *(Stefano Rellandini/Reuters)*

O papa Francisco beatificou nesta sexta-feira o bispo Jesús Emilio Jaramillo e o padre Pedro María Ramírez, mortos durante o conflito armado na Colômbia. Durante uma missa campal na cidade de Villavicencio, capital de uma região severamente atingida pela violência, o papa realizou a cerimônia de beatificação, com cantos e harpas, na presença de centenas de milhares de paroquianos.

O bispo Jaramillo morreu em 2 de outubro de 1989 nas mãos do ELN, um movimento de guerrilha inspirado pelo movimento católico da Teologia da Libertação – que o censurava por sua proximidade com os militares. Pablo Beltrán, chefe negociador do ELN nos diálogos de paz com o governo, descreveu sua morte como um “erro” e pediu “perdão” ao papa por seus atos.

Ramírez morreu em 10 de abril de 1948, um dia após o assassinato do então candidato à presidência pelo Partido Liberal, Jorge Eliécer Gaitán. O sacerdote teve as mãos amputadas a golpes de machado por seguidores de Gaitán, que acusaram a Igreja de aliar-se a seus adversários conservadores e incitar a morte dos liberais. A violência que seguiu a morte do líder liberal deixou muitas outras vítimas além de Pedro María Ramírez.

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As duas histórias foram lidas nesta sexta durante a missa. “De agora em diante, os dois são proclamados beatos”, afirmou o pontífice. Em sua homilia, Francisco disse que os dois religiosos mortos simbolizavam “a expressão de um povo que quer abandonar o pântano da violência e do ressentimento”.

O pontífice alertou que a paz na Colômbia fracassará sem um compromisso com a reconciliação entre vítimas e carrascos depois de décadas de violento conflito armado. “Todo o esforço pela paz sem um compromisso sincero de reconciliação será um fracasso”, afirmou o papa.

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Pedido de perdão

O ex-comandante rebelde das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Rodrigo Londono, agora líder de um novo partido político, pediu perdão ao papa Francisco nesta sexta-feira pela dor e sofrimento que o grupo causou durante cinco décadas de guerra no país. Cerca de 220.000 pessoas morreram e milhões foram deslocadas durante a guerra das Farc e outros grupos rebeldes contra paramilitares de direita e forças do governo.

“Suas repetidas expressões sobre a infinita piedade de Deus me levam a pedir pelo seu perdão por quaisquer lágrimas ou dores que nós tenhamos causado à população da Colômbia”, disse Londono, em uma carta aberta para o papa.

Francisco regressará esta tarde a Bogotá e, no sábado, onde passará a noite para viajar a Medellín antes de concluir sua visita à Colômbia em Cartagena, cidade turística com profundas desigualdades sociais.

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(Com AFP)