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Papa Francisco beija bandeira da Ucrânia e condena ‘massacre em Bucha’

'Notícias recentes da guerra na Ucrânia, ao invés de trazerem alívio e esperança, trouxeram novas atrocidades', lamentou pontífice

Por Da Redação Atualizado em 6 abr 2022, 11h55 - Publicado em 6 abr 2022, 08h49

Poucos dias após levantar a possibilidade de uma visita à Ucrânia, o papa Francisco condenou nesta quarta-feira, 6, o “massacre de Bucha” e beijou uma bandeira ucraniana enviada da cidade onde centenas de corpos foram encontrados nas ruas e em valas comuns após a retirada de tropas russas.

“Notícias recentes da guerra na Ucrânia, ao invés de trazerem alívio e esperança, trouxeram novas atrocidades, como o massacre de Bucha”, disse Francisco ao final de sua audiência semanal no auditório do Vaticano.

A Procuradoria Geral da Ucrânia divulgou no domingo que 410 corpos foram encontrados nas ruas dos subúrbios do norte de Kiev. Segundo o governo ucraniano e de acordo com imagens difundidas por veículos internacionais, os corpos apresentavam sinais de terem sido sumariamente executados. As vítimas estariam trajando roupas civis e muitas estavam com as mãos atadas.

“Parem com esta guerra! Que as armas fiquem em silêncio! Parem de semear morte e destruição”, disse o pontífice, referindo-se a Bucha como uma “cidade martirizada”.

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Quando beijou a bandeira enviada da cidade, escurecida e marcada por escritas e símbolos, Francisco foi aplaudido por milhares de pessoas que acompanhavam a cerimônia. Logo depois, convidou um grupo de crianças refugiadas da Ucrânia para se juntar a ele.

“Essas crianças tiveram que fugir para chegar a uma terra segura. Isso é fruto da guerra. Não vamos esquecê-las e não vamos esquecer o povo da Ucrânia”, disse.

Francisco tem se pronunciado com frequência sobre o conflito. No fim de semana, no palácio presidencial de Malta, disse: “No leste europeu, da terra do nascer do sol, as sombras negras da guerra estão agora se espalhando. Pensamos que invasões de países, batalhas selvagens nas ruas e ameaças atômicas eram memórias de um passado distante. No entanto, o gelados ventos da guerra, que trazem apenas morte, destruição e ódio varreu poderosamente muitas e afetam a todos”.

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A ideia de uma visita do papa ao país tomado pela guerra também foi levantada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que pediu apoio do Vaticano na mediação do conflito.

De acordo com o embaixador da Ucrânia no Vaticano, Andriy Yurash, os dois líderes tiveram conversas “muito promissoras” e, segundo ele,  o papa “é o convidado mais esperado na Ucrânia”.

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