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Papa Francisco diz que homossexualidade não é crime, mas segue como pecado

Pontífice afirmou que certas lideranças católicas precisam tratar a todos com dignidade, mas 'Deus não pode abençoar o pecado'

Por Da Redação
25 jan 2023, 11h17
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  • Pope Francis arrives for the weekly general audience on April 6, 2022 at Paul-VI hall in The Vatican. (Photo by Andreas SOLARO / AFP)
    Papa Francisco chega para a cerimônia no Vaticano - (Andreas Solaro/AFP)

    Classificando como “injustas” as leis que criminalizam a homossexualidade, o papa Francisco afirmou que “Deus ama todos os seus filhos” e instou bispos católicos receberem pessoas LGBTQIA+ em suas paróquias. Em entrevista exclusiva à agência de notícias Associated Press, o pontífice afirmou que “ser homossexual não é um crime”, embora tenha se referido à questão como um “pecado”.

    Francisco reconheceu que, apesar de relativos avanços recentes, existem lideranças da Igreja Católica que apoiam leis de criminalização e discriminação contra a comunidade LGBTQIA+. Para ele, esse posicionamento é devido ao contexto cultural de algumas regiões do mundo e defende que os bispos precisam passar por um processo de conversão para tratar a todos com dignidade.

    “Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela forma como cada um de nós luta pela nossa dignidade”, afirmou.

    Contudo, ainda na declaração, o papa argentino reafirmou a posição do Vaticano de considerar a homossexualidade um pecado. Francisco ressaltou a importância de distinguir as noções de crime e pecado. A Igreja Católica ensina que a comunidade LGBTQIA+ deve ser tratada com respeito, mas os atos homossexuais são repudiados pela instituição.

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    Em 2013, quando assumiu a liderança da Igreja Católica, Francisco se declarou inapto de rejeitar homossexuais que desejavam buscar conforto em Deus. Porém, em 2021, o pontífice autorizou a diretriz de que os clérigos não deveriam dar a benção para uniões de casais homoafetivos. O documento afirma que “Deus não pode abençoar o pecado”.

    O texto enfatiza a “distinção fundamental e decisiva” entre a aceitação de fiéis homossexuais pela Igreja, que é sustentada, e a de uniões gays, que não podem receber qualquer reconhecimento sacramental.

    A religião católica sustenta que o casamento, união vitalícia entre o homem e a mulher, é parte do plano de Deus e tem como objetivo a criação de uma nova vida. Segundo o documento, pessoas gays devem ser tratadas com dignidade e respeito, mas o sexo gay é “intrinsecamente desordenado”. Para o Vaticano, como casais do mesmo sexo não poderiam gerar uma nova vida, não devem ser abençoados pela Igreja.

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    De acordo com dados do The Human Dignity Trust, 67 constituições ao redor do mundo criminalizam relações sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo. Entre elas, 11 aplicam a pena de morte para homossexuais. Essas legislações são mais comuns na África e no Oriente Médio.

    As Nações Unidas também defendem o fim dessas legislações. Para a organização, as leis de criminalização da homossexualidade violam os direitos a privacidade e liberdade de discriminação.

    Em 2008, o Vaticano se recusou a assinar uma declaração das Nações Unidas contra a criminalização da homossexualidade. A reivindicação da Igreja Católica era de que o texto iria além da proposta inicial e incluía linguagem sobre orientação sexual ou identidade de gênero.

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