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Bispos chilenos se encontram com o papa em ‘mea-culpa’ por abusos

Bispo de Osorno, que encobriu escândalos, estará presente ao encontro no Vaticano; Igreja quer reparar vítimas

Por Da Redação
Atualizado em 14 Maio 2018, 20h28 - Publicado em 14 Maio 2018, 18h55
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  • Os líderes da Igreja Católica no Chile, convocados pelo Papa Francisco ao Vaticano por terem encoberto escândalos de pedofilia, admitiram nesta segunda-feira (14) estar carregados de “dor e vergonha” e dispostos a “reparar” as vítimas de abuso sexual.

    “Em primeiro lugar queremos comunicar nossa dor e vergonha. Dor porque existem vítimas de abusos e vergonha porque esses abusos aconteceram em ambientes eclesiais”, assegurou o bispo Fernando Ramos durante uma entrevista à imprensa na sede da Rádio Vaticano.

    O Papa Francisco receberá entre terça e quinta-feira os 34 bispos chilenos – 31 deles em função e três eméritos. O cardeal canadense Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, estará presente ao encontro.

    “Viemos com a intenção de ouvir o papa, de falar com ele”, disse Ramos.

    Para Ignácio González, bispo de San Bernardo, o ponto central da conversa será as vítimas. “Sempre se pode reparar e caminhar na reparação das vítimas”, explicou. “Se fizermos bem as coisas, com humildade, esperança, efetivamente achamos que podemos reparar a tempo todas as feridas da sociedade chilena e das vítimas, que são fundamentais para a Igreja neste momento”, continuou.

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    “Se o problema persiste, se a dor, a indignação e o incômodo de algumas vítimas (persistem), quer dizer evidentemente que não fizemos bem o nosso trabalho, que ele tem que ser melhorado”, reconheceu Ramos.

    A Igreja chilena está disposta a fazer um grande “mea-culpa”, anunciou Ramos, e a aceitar seus próprios erros, seguindo o exemplo do papa Francisco, que em abril reconheceu publicamente ter “incorrido em graves equívocos de avaliação e de percepção da situação, especialmente pela falta de informação verdadeira e equilibrada”. O papa recebeu no mesmo mês chilenos que foram vítimas de abusos.

    Ele se referia ao fato de o papa não ter recebido as vítimas de abusos sexuais praticadas por sacerdotes durante sua viagem ao Chile, em janeiro, e aos elogios que fez ao bispo de Osorno, Juan Barros, acusado de ter encoberto vários casos. Barros também estará presente às reuniões com o papa.

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    O bispo González, que há alguns anos trabalha com as vítimas de abusos, em particular menores de idade, explicou que o Vaticano está analisando a imprescritibilidade desses crimes. “Existe uma disposição do papa Bento XVI, do papa Francisco e nossa para que isso acabe definitivamente”, disse.

    (Com AFP)

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