A decisão tomada pelos britânicos em junho passado de sair da União Europeia (UE), apelidada de Brexit, não foi dirigida pelo populismo que assolou outros países, já que esteve ausente do debate a rejeição ao comércio e à globalização, avalia Philip Hammond, ministro das Finanças inglês.
“Os britânicos sempre tiveram visões conflitantes sobre a UE. Muitos ainda se lembram do tempo em que integrávamos a Comunidade Econômica Europeia, que era apenas um mercado comum. Só depois essa instituição se transformou na UE, que é uma instituição mais política. Mas essa mudança nunca deixou os britânicos muito confortáveis”, disse o ministro a VEJA, em entrevista publicada na edição desta semana.
Hammond, que ocupa o segundo cargo mais importante do governo e por vezes é cotado para suceder a premiê Theresa May no caso de uma reviravolta na política, vem ao Brasil esta semana em uma missão empresarial de dois dias, que integra a empreitada de fortalecer laços com economias emergentes após o Brexit.
Na entrevista, o ministro ainda fala da desilusão atual dos jovens em seu país e das expectativas para a economia britânica após o Brexit.
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