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Parlamento alemão aprova legalização do casamento gay

Medida com apoio velado da chanceler Angela Merkel, embora ela tenha votado contra a medida

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h16 - Publicado em 30 jun 2017, 09h26
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  • Seguindo a tendência europeia, Câmara dos deputados da Alemanha, conhecido como Bundestag, aprovou nesta sexta-feira a legalização do casamento gay no país.

    O projeto foi impulsionado pelos social-democratas, rompendo o acordo de coalizão com os conservadores a três meses das eleições gerais no país.  A nova lei recebeu 393 votos a favor e 226 votos contrários. Quatro foram abstenções.

    Embora tenha votado contra a medida no plenário da Câmara, a chanceler Angela Merkel fez uma jogada dupla a três meses de disputar as eleições gerais. Merkel liberou a base de seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), de perfil conservador, para que cada deputado votasse de acordo com a própria consciência, o que dividiu os votos.

    Somado ao Partido Social Democrata (SPD, sigla em alemão), que propôs o projeto, da esquerda e dos Verdes, a medida pôde ser aprovada e Merkel, com habilidade, foi capaz de acomodar os dois lados do jogo político.

    O porta-voz social-democrata, Thomas Oppermann, defendeu o passo dado por seu partido, que forçou a discussão desta iniciativa antes do término da legislatura, recuperando um projeto de lei de 2015 que já tinha passado pelo Bundesrat, a câmara alta, e que estava estacionado no Bundestag.

    Em nome da CDU, o líder do partido, Volker Kauder, se transformou em porta-voz dos que defendem que “o casamento é a união entre um homem e uma mulher”, mas disse respeitar seus companheiros que têm uma opinião diferente.

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    “Eu pessoalmente nunca colocarei minha assinatura em algo que represente o casamento para todos, por motivos de consciência”, declarou Kauder, que expressou dúvidas sobre a constitucionalidade da lei ao entender que a concepção cristã do casamento está protegida na lei fundamental alemã.

    Dentro do mesmo partido, o deputado Khan Marco Luczak defendeu o “sim” ao projeto ao lembrar que o respeito, o amor e a convivência são valores tradicionais que devem ser defendidos pelos conservadores.

    (Com EFE)

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