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Pela primeira vez, Vietnã reconhece que ser LGBT não é doença

Em decisão vista como histórica, Ministério da Saúde do país declarou que orientação sexual não é passível de tratamento médico

Por Da Redação Atualizado em 24 ago 2022, 11h06 - Publicado em 24 ago 2022, 10h57
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  • Bike rally for the 4th Viet Pride in Hanoi, on August 2nd, 2015. Hanoi organized its 4th LGBT parade called "Viet Pride". Vietnam is the first Asian country that doesn't prohibit same sex marriages, even though the law still doesn't allow it. About 150 people braved the pouring rain and rid through the streets of Hanoi from Giang Vo Lake to the American club. (Photo by Camille Gazeau/NurPhoto) (Photo by NurPhoto/NurPhoto via Getty Images)
    Governo do Vietnã declara que ser gay, bissexual ou transgênero não deve ser considerado uma doença e condena discriminação à população LGBTQIA+. 24/08/2022 - (NurPhoto/Getty Images)

    O Ministério da Saúde do Vietnã declarou, pela primeira vez, que ser homossexual, bissexual ou transgênero não deve ser considerado como doença. A decisão histórica foi vista como uma “enorme mudança de paradigma” nas atitudes do governo em relação à diversidade sexual.

    O anúncio, enviado aos departamentos de saúde provinciais e municipais no início deste mês, orienta que os médicos não devem “interferir nem forçar o tratamento” em pacientes LGBTQIA+ e devem tratar esse grupo com o devido respeito, sem discriminação.

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    A campanha reconhece que a homossexualidade “não é totalmente uma doença”, por isso, “não pode ser ‘curada’ nem convertida de forma alguma”.

    O avanço, ainda que tímido, foi visto como o início de uma revolução nas políticas vietnamitas.

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    “Embora as atitudes não mudem da noite para o dia, isso marca uma enorme mudança de paradigma”, disse Kyle Knight, pesquisador da Human Rights Watch, organização internacional não governamental que defende e realiza pesquisas sobre os direitos humanos. 

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    Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Knight estimou que, por ter sido emitido pelo Ministério da Saúde, a mais confiável de autoridade médica no Vietnã, o anúncio poderá gerar um grande impacto sobre as percepções da sociedade sobre a população LGBTQIA+.

    “O mito de que a homossexualidade é diagnosticável tem permeado e permeado a sociedade vietnamita. É um fator subjacente à negligência médica contra jovens que se identificam com a sigla”, disse o pesquisador.

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    Em novembro, a campanha “Leave with Pride” do Instituto de Estudos da Sociedade, Economia e Meio Ambiente (iSEE) fez uma petição à Organização Mundial da Saúde (OMS) para afirmar que ser gay não é uma doença.

    Em abril, o representante da OMS no Vietnã, Kidong Park, divulgou uma declaração confirmando que qualquer tentativa de mudar a orientação sexual de pessoas LGBTQ+ “não tem base médica e é inaceitável”.

    A iSEE, que luta pelos direitos das minorias vietnamitas, reivindica junto a outros grupos ativistas do país a implementação de legislações que permitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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