Pela ultradireita, Emerson Fittipaldi lança candidatura ao Senado italiano
Neto de italianos, ex-automobilista irá tentar a vaga destinada à América do Sul pelo partido da neofascista favorita a chefiar o governo nacional
O ex-automobilista Emerson Fittipaldi anunciou nesta segunda-feira, 15, que irá concorrer a uma vaga no Senado da Itália nas eleições parlamentares de setembro. O bicampeão da Fórmula 1 vai disputar a cadeira pelo partido de extrema-direita Fratelli d’Italia.
Devido a uma emenda constitucional de 2006, o país passou a permitir que representantes do exterior pudessem ser eleitos. Até 2018, a América do Sul tinha direito a quatro cargos na Câmara dos Deputados e dois no Senado. No entanto, com uma reforma política aprovada em 2020, esse número caiu pela metade.
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De 2006 para cá, os cargos de senadores sul-americanos na Itália sempre foram ocupados por membros do colégio eleitoral da Argentina, mais numeroso que o brasileiro.
Neto de imigrantes italianos, o ex-automobilista tem como uma de suas principais pautas a manutenção do direito à cidadania pautado apenas em laços sanguíneos e não pelo nascimento no território nacional, a exemplo do Brasil.
Segundo o jornal Il Giornale, a decisão foi tomada após longa conversa por telefone com a presidente do partido, Giorgia Meloni, favorita para chefiar o governo italiano, e também depois de ter recebido a “benção” do presidente Jair Bolsonaro.
O bicampeão irá concorrer diretamente contra o brasileiro Andrea Matarazzo, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social e ex-embaixador do Brasil em Roma, ambos os cargos ocupados durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso.
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“Estou muito feliz em concorrer ao Senado Italiano por meio das eleições de setembro. Já tenho várias propostas desenhadas e todas elas têm como objetivo promover ações ligadas aos brasileiros em terras italianas, tanto ligadas à cultura quanto ao esporte. Espero ter o apoio dos cidadãos ítalo-brasileiros e dos meus queridos amigos da América do Sul”, disse.