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Pequim acusa Pompeo de ‘semear discórdia’ entre China e América Latina

Secretário de Estado dos EUA tem agenda de visitas na região, objetivando 'fortalecer segurança nacional', supostamente ameaçada por Venezuela e China

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 15h16 - Publicado em 18 set 2020, 17h06
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  • Mike Pompeo
    O diretor da CIA, Mike Pompeo, testemunha ameaças mundiais durante uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado em Capitol Hill, Washington, DC - 13/02/2018 (Saul Loeb/AFP)

    A China acusou nesta sexta-feira, 18, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, de “semear a discórdia” entre o país asiático e a América Latina. Pompeo deu início nesta sexta a uma viagem que passa por Brasil, Suriname, Guiana e Colômbia, e Pequim diz que seu objetivo é “interromper a cooperação” com a China.

    “As declarações [de Pompeo] nada mais são do que ataques agressivos para difamar a China. Estão cheias de preconceitos ideológicos, não são baseadas em fatos”, disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, referindo-se à agenda de visitas.

    Wang enfatizou que a China “não pedirá aos países em questão que escolham isso ou aquilo em suas relações de cooperação” e “não ameaçará outros países para que não cooperem com nenhum outro”.

    Segundo um funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Pompeo tem o objetivo de fortalecer a segurança regional da América Latina diante da “ameaça” representada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro – um aliado de Pequim.

    O secretário de Estado também deve aproveitar a viagem para destacar “como as empresas americanas investem no hemisfério de forma responsável e transparente, o que contrasta fortemente com a China”, de acordo com a mesma fonte. O principal argumento de Pompeo é que os “empréstimos predatórios” e os projetos do gigante asiático deixaram “dívidas insustentáveis” em países da região, além de contribuir para a ameaça da “segurança nacional e a soberania”.

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    Demonstração de poder

    Também nesta sexta-feira, a China realizou exercícios militares perto de Taiwan em resposta à visita de um funcionário do alto escalão do governo americano, o subsecretário de Estado para Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente, Keith Krach.

    No mês passado, o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, visitou Taiwan, tornando-se a mais alta autoridade americana a visitar a ilha em quatro décadas. Com a presença de Krach e o anúncio de um acordo econômico bilateral entre Taiwan e os Estados Unidos, a tensão nas relações entre Pequim e Washington está aumentado.

    A China continental (liderada pelo Partido Comunista) e a ilha de Taiwan (refúgio do Exército nacionalista chinês após a guerra civil de 1949) foram administradas por dois regimes diferentes por mais de 70 anos. A ilha é considerada território chinês por Pequim, que se opõe a qualquer visita de líderes estrangeiros a Taipei.

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    Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Ren Guoqiang, os exercícios militares realizados nesta sexta-feira são “uma operação legítima e necessária para garantir a soberania e a integridade territorial da China, e realizada em resposta à situação atual no Estreito de Taiwan”.

    “Aqueles que brincam com fogo vão acabar se queimando”, alertou Ren, afirmando que Washington pretende “usar a carta de Taiwan para conter a China” e criticou a ilha por querer “ajuda de estrangeiros”.

    Pompeo disse que desaprovava a “fanfarrice militar” da China.

    (Com AFP e EFE)

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