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OLP: plano de paz dos EUA e de Israel destrói solução de dois Estados

Secretário-geral da organização queixa-se também de lei israelense que reduzirá repasses da tributação sobre importação à Autoridade Palestina

Por Da Redação
Atualizado em 4 jul 2018, 18h22 - Publicado em 4 jul 2018, 14h58
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  • O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, disse hoje (4) que o plano de paz em preparação pelos Estados Unidos e por Israel busca destruir o projeto nacional palestino e a solução de dois Estados.

    Chefe negociador da OLP, Erekat queixou-se da lei aprovada no domingo 1º pelo Parlamento israelense (Knesset) para reduzir os repasses à Autoridade Nacional Palestina (ANP) da receita de tarifas de importação aplicadas sobre produtos destinada anualmente aos territórios palestinos. Para o Knesset, esses recursos são repassados pela ANP aos “terroristas” palestinos presos em Israel e a seus familiares.

    “É a destruição da ANP. Isso deixa a ANP sem autoridade e mantém a separação entre Gaza e Cisjordânia“, afirmou Erekat.

    Erekat opinou que decisões como essa fazem com que a “situação atual seja insustentável”. Ele defendeu ter chegado o momento de transferir o poder da ANP para um Estado palestino e de Israel assumir “suas responsabilidades como potência ocupante na Cisjordânia, em Gaza e em Jerusalém Oriental“.

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    O negociador mencionou como fatores negativos o alento dado pelo governo dos Estados Unidos às ações israelenses na construção de assentamentos (nos territórios palestinos) e sua recusa em mencionar a solução de dois Estados, assim como o corte de recursos dos palestinos por Israel e sua qualificação da OLP como organização terrorista.

    “Todos esses instrumentos nos pressionam para um acordo, com o objetivo de que os palestinos capitulem e aceitem os ditames de Estados Unidos e Israel”, opinou o secretário-geral da OLP. Ele insistiu que o governo americano se desqualificou como mediador de um processo de paz – frase dita a VEJA em maio pelo líder da OLP, Mahmoud Abbas.

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    Para o dirigente palestino, o acordo entre (o presidente dos Estados Unidos), Donald Trump, e (o primeiro-ministro israelense) Benjamin Netanyahu tem o objetivo de ” destruir o projeto palestino e a solução de dois Estados e substitui-lo por um Estado de dois sistemas”. “É um apartheid.”

    Erekat declarou que a proposta “não é aceitável sob nenhuma circunstância”. A liderança palestina, segundo ele, planeja redefinir suas relações de segurança, economia e política com Israel. O segundo tema a ser acordado, insistiu, é o direito dos refugiados palestinos de retornarem a seus lugares de origem. O terceiro será o fim dos assentamentos israelenses em terras palestinas.

    (Com EFE)

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