A polícia do Reino Unido anunciou nesta segunda-feira, 11, que não irá tomar nenhuma providência contra o príncipe Andrew no caso de abuso sexual de menor. A americana Virginia Giuffre diz ter sido traficada por Jeffrey Epstein para fazer sexo com o membro da Família Real em Londres, em 2001.
Na época com 17 anos, ela afirma ter sido abusada seguidas vezes pelo Duque de York e está processando-o em um tribunal nos Estados Unidos. Andrew nega as acusações e chegou a dizer em uma entrevista à BBC, em 2019, que nunca havia feito sexo com Giuffre.
Em agosto, a polícia de Londres disse estar revisando uma série de alegações de crimes sexuais relacionadas ao condenado Epstein, afirmando que ninguém estava acima da lei. No entanto, o departamento alegou que a revisão foi concluída e que nenhuma ação adicional seria tomada.
No mesmo comunicado, a polícia londrina disse que não tomaria medidas em relação às acusações de que uma suposta cúmplice de Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell, tenha traficado e abusado de mulheres e meninas no Reino Unido. A socialite britânica está aguardando julgamento nos Estados Unidos sob a acusação de ter recrutado meninas para o bilionário.
Ainda que a polícia do Reino Unido tenha decidido não tomar nenhuma ação, o príncipe Andrew deve apresentar respostas às reivindicações feitas pelo tribunal de Nova York até 29 de outubro sob risco de enfrentar um julgamento à revelia.
Giuffre abriu o processo utilizando uma nova legislação para vítimas de abuso sexual infantil criada em 2019 no estado. A lei permite processar agressores por conduta ocorrida anos ou até décadas atrás.
Andrew, nono na linha de sucessão do trono britânico e segundo filho da Rainha Elizabeth II, foi banido dos deveres públicos reais após provas de sua amizade com o pedófilo condenado Jeffrey Epstein, que se suicidou em uma centro de detenção nova-iorquino enquanto aguardava julgamento.