Polícia da Colômbia identifica autor do atentado em Bogotá
José Aldemar Rojas Rodríguez entrou na Academia de Polícia com uma SUV carregada com 80 quilos de explosivos
A Polícia Judiciária colombiana identificou José Aldemar Rojas Rodríguez, de 55 anos, como o autor do atentado terrorista em Bogotá nesta quinta-feira, 17, informou o presidente da Colômbia, Iván Duque. Rojas se imolou na explosão de um carro bomba contra um edifício da Academia da Polícia Nacional. No atentado, Rojas matou mais dez pessoas e deixou outras 65 feridas.
“A investigação já está avançando e identificamos o autor material (do atentado). Vamos atuar com toda firmeza”, disse Duque à imprensa no local do ataque, no sul da capital colombiana.
O procurador-geral, Néstor Humberto Martínez, disse que o responsável pelo atentado residia no departamento de Arauca, perto da fronteira com a Venezuela. Trata-se de uma região de concentração de guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN). Conforme seu documento de identidade, Rojas nascera em Puerto Boyacá e não tinha a mão direita.
Ele teria carregado sua SUV Nissan Patrol de cor cinza, ano 1993 e placa LAF565 com 80 quilos de explosivos para o ataque. Rojas entrara na academia às 9h30 (12h30, em Brasília), dirigindo o veículo. Segundo as autoridades, na guarita, um cão policial teria farejado a presença de explosivos no carro. Rojas acelerou, atropelou dois cadetes e bateu o carro contra o alojamento feminino. Nesse momento, deram-se as duas explosões.
As autoridades investigam se a detonação foi provocada pelo choque ou ativada por um telefone celular. A motivação do crime tampouco foi identificada. Não está claro de Rojas agiu, por alguma razão, como um “lobo solitário”, ou se fizera parte de uma operação organizada.
“Conseguimos estabelecer a autoria material deste execrável crime, deste ato terrorista”, afirmou. “Toda a Polícia Judiciária está atuando para resolver esse caso. No curso das próximas horas, teremos mais informações porque eles estão orientados a estabelecer quem são os autores intelectuais deste atentado terrorista”, afirmou o procurador-geral.
Entre os dez mortos está a cadete equatoriana Erika Chicó. A também equatoriana Carolina Sanango sofreu ferimentos leves, de acordo com a Secretaria-Geral de Comunicação da Presidência do Equador. Um panamenho também está listado entre os 54 feridos, atendidos nos hospitais de Bogotá.
As escolas de oficiais e suboficiais da Polícia Nacional e do Exército da Colômbia recebem agentes das forças de segurança de diferentes países, como parte de acordos de cooperação.
Duque foi para o local do ataque pouco depois da explosão e afirmou que o crime não ficará impune.
“Os colombianos nunca se submeteram ao terrorismo e esta vez não será exceção. Não nos dobrarão. Nem um passo atrás diante daqueles que atacam miseravelmente a sociedade”, afirmou o presidente colombiano, ao lado do prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa.
(Com EFE)