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Político mais importante da Romênia é condenado e preso por corrupção

O presidente da Câmara dos Deputados, Liviu Dragnea, incluiu duas mulheres como funcionárias fantasmas de uma agência do governo

Por Da Redação
27 Maio 2019, 17h11

O político mais poderoso da Romênia foi preso depois de ser condenado pela Suprema Corte do país nesta segunda-feira, 27. O líder do Partido Social Democrata (PSD), Liviu Dragnea, perdeu o último recurso contra sua sentença de três anos e meio de cadeia por corrupção.

Um vídeo gravado na saída do tribunal mostrou um aglomerado de jornalistas correndo atrás do carro policial que levava o político até a prisão de Rahovan, no sul da capital Bucareste, enquanto alguns manifestantes vaiavam o comboio.

Nome mais importante da esquerda romena, Dragnea é presidente da Câmara dos Deputados do país há quase três anos e recorria de sua condenação em segunda instância desde junho de 2018.

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O político, de 56 anos, foi considerado culpado de manter duas mulheres filiadas ao seu partido como funcionárias fantasmas de uma agência estatal de proteção infantil. O líder do PSD ocupou cargos centrais no governo romeno e só não foi primeiro-ministro por já ter sido mencionado em um antigo esquema de manipulação de votos no país.

Depois de assumir o poder no final de 2016, os social-democratas chefiados por Dragnea se envolveram em uma série de polêmicas, atacando diretamente a independência do Poder Judiciário. O ataque à autonomia entre as instituições gerou críticas contundentes da União Europeia e levou às maiores manifestações populares da Romênia nas últimas décadas.

No domingo 26, a maioria esmagadora dos eleitores do país apoiou um referendo proposto pelo presidente, Klaus Iohannis, para impedir novas ações do partido do líder da Câmara contra os tribunais romenos.

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Os problemas do PSD também levaram a uma queda brusca nos votos do partido nas eleições para o Parlamento Europeu, realizadas entre os dias 23 e 26 de maio. A legenda teve pouco mais de 23% dos votos, metade do que havia conseguido no último pleito nacional, em 2016.

As autoridades do país ainda reclamaram que milhares de romenos não puderam votar no domingo, depois de esperarem por horas na entrada de consulados e locais de votação por culpa da burocracia e da falta de funcionários.

Segundo o ranking da organização não governamental (ONG) Transparência Internacional, a Romênia é um dos membros mais corruptos da União Europeia. Nos últimos dois anos, uma série de manifestações no país tentou barrar propostas de políticos para descriminalizar processos ligados a corrupção e enfraquecer o judiciário.

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(Com AFP)

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