Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

População de Pequim cai pela primeira vez desde 2003

Autoridades chinesas lutam contra baixa taxa de natalidade, mas as pessoas resistem em ter mais filhos devidos aos problemas econômicos e sociais do país

Por Da Redação
22 mar 2023, 10h34

Novos dados populacionais de Pequim revelaram, nesta quarta-feira, 22, que a população da capital chinesa caiu pela primeira vez desde 2003. Em 2022, a metrópole teve mais mortes do que nascimentos, em decorrência do alto custo de vida e gastos com educação, bem como do legado da política do filho único.

Autoridades de Pequim confirmaram que a taxa de mortalidade da cidade aumentou para 5,72 mortes a cada 1 mil pessoas. Enquanto isso, a taxa de natalidade caiu para 5,67 nascimentos por 1 mil habitantes.

Em 2022, a capital da China, onde vivem 21 milhões de pessoas, teve um crescimento populacional de 0,05 negativo por 1 mil habitantes. Demógrafos afirmam que Pequim está seguindo a tendência natural do país e que essa baixa se deve a fatores econômicos e sociais. Receosos com o crescente custo de vida e preços de escolas em Pequim, chineses relutam em criar famílias.

+ Terra chega aos 8 bilhões com um desafio: a desaceleração do crescimento

O governo chinês se preocupa com a queda do crescimento populacional no país como um todo. No ano passado, a taxa de natalidade da China caiu para 6,77 nascimentos por 1 mil pessoas, a menor já registrada. O índice marca o início do que se projeta como um longo declínio populacional.

O ano passado marcou a primeira vez em que a população do país encolheu desde 1961, inaugurando a chamada “era de crescimento negativo da população”. Com medo dos impactos negativos do envelhecimento da população, o Partido Comunista Chinês tem se esforçado para reverter esse processo com incentivos à natalidade.

+ População da China cai pela primeira vez em mais de 60 anos

No entanto, mudanças legislativas para aumentar o acesso à saúde materna e tratamentos como fertilização in vitro, somadas à redução da burocracia nos registros de nascimento, incentivos financeiros para pais e desencorajamento de abortos, não são páreo para as dificuldades econômicas da população e o legado da política do filho único.

Introduzida na China em 1971, a lei por décadas serviu como uma barreira para o crescimento acelerado da população, até ser suspensa em 2016. Autoridades inverteram o discurso e, agora, incentivam casais a ter mais de um filho, mas chineses resistem. Mulheres, especialmente, preferem relutam em tornar-se mães devido a pressões de gênero tradicionais e a rígida cultura de trabalho.

Os números da população de Pequim levam em conta apenas os residentes permanentes da cidade e não incluem o grande número de trabalhadores imigrantes que vêm de outras províncias em busca de oportunidades na metrópole.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.