Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Por abstenção, referendo para vetar casamento gay na Romênia é invalidado

Consulta foi apoiada pelo partido que governa o país e pela Igreja Ortodoxa

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h07 - Publicado em 8 out 2018, 10h45

O referendo que pretendia vetar o casamento entre homossexuais na Romênia fracassou, depois que a consulta não alcançou a participação mínima de 30% exigida pela lei eleitoral nacional.

Segundo dados oficiais, apenas 20,41% dos 19 milhões de cidadãos convocados compareceram às urnas após dois dias de votação. A consulta buscava criar uma emenda constitucional para que o casamento não fosse definido como a união entre duas pessoas  como é atualmente , mas entre um homem e uma mulher.

O fracasso do referendo é um enorme revés para o governante Partido Social Democrata (PSD), que defendeu a emenda com o apoio do voto rural e da população de idade avançada, assim como para a Igreja Ortodoxa, cuja real influência na sociedade ficou questionada.

A Romênia, que despenalizou a homossexualidade em 2001, é um dos poucos países da União Europeia que ainda não reconhece os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo.

A associação LGBT Accept mostrou satisfação ao afirmar que “foi provado que os cidadãos desejam uma Romênia com valores democráticos e que não podem ser enganados com uma agenda política que conduz ao ódio e à divisão”.

“O Estado romeno tem a obrigação de legalizar de maneira urgente as uniões civis para todos os cidadãos, inclusive as pessoas LGBT”, exigiu Robert Ratiu, presidente da ONG MozaiQ.

A Coalizão para a Família (CpF), a organização ligada à Igreja Ortodoxa que impulsionou o referendo após reunir três milhões de assinaturas, expressou mal-estar pela escassa participação e a atribuiu a “uma campanha de desinformação sem precedentes desde a queda da ditadura comunista em 1989”.

“Todos os pedidos para votar das igrejas e cultos religiosos cristãos na Romênia foram boicotados pelos partidos políticos, apesar das declarações oficiais dos líderes”, criticou a CpF em comunicado.

Continua após a publicidade

A CpF fez uma grande campanha de defesa à “família tradicional”, recorrendo inclusive a mensagens falsas como: “Se não for votar, dois homens poderão adotar seus filhos”.

As críticas ao referendo também vieram da Comissão Europeia, que pediu para que não se utilizasse a defesa da família tradicional para diminuir os direitos das minorias sexuais.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.