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Por que a Coreia do Norte está disparando tantos mísseis

Aumento de lançamento de mísseis norte-coreanos levantou temores de líderes globais sobre retorno de testes nucleares

Por Da Redação Atualizado em 7 out 2022, 20h05 - Publicado em 7 out 2022, 12h23
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  • O líder norte-coreano Kim Jong Un participa de um exercício de uma unidade do Exército do Povo Coreano (KPA), Coreia do Norte nesta imagem divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) em 29 de fevereiro de 2020. KCNA via REUTERS ATENÇÃO EDITORES - ISTO A IMAGEM FOI FORNECIDA POR TERCEIROS. A REUTERS NÃO PODE VERIFICAR ESTA IMAGEM DE FORMA INDEPENDENTE. SEM VENDAS DE TERCEIROS. SAÍDA COREIA DO SUL. NENHUMA VENDA COMERCIAL OU EDITORIAL NA COREIA DO SUL.
    Aumento da corrida do líder norte-coreano Kim Jong Un por armas levantou temores de líderes globais em relação ao surgimento de um teste nuclear em Pyongyang, que seria o primeiro da nação em quase cinco anos. 07/10/2022. (Foto:Agência Central de Notícias da Coréia do Norte/KCNA/EPA/EFE)

    A aceleração nos testes de armas da Coreia do Norte está aumentando as tensões na região, com a Coreia do Sul e os Estados Unidos reagindo aos lançamentos de mísseis com exercícios militares conjuntos.

    Os sinais da nova escalada de provocações levantaram temores de líderes globais em relação ao surgimento de um teste nuclear feito por Pyongyang, que seria o primeiro da nação em quase cinco anos.

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    Entenda o que motivou a recente corrida da Coreia do Norte em direção a armas nucleares e mísseis intercontinentais e o que os países ocidentais estão fazendo para conter o avanço dos planos do líder norte-coreano Kim Jong-un.

    Quando começaram os testes de mísseis da Coreia do Norte

    O programa de desenvolvimento de armas de Pyongyang está em andamento há anos. Contudo, as tensões começaram a crescer em 2017, quando a Coreia do Norte lançou 23 mísseis ao longo do ano, entre eles dois sobre o Japão, além de realizar um teste nuclear.

    Os testes mostraram armas com potência suficiente para colocar a maior parte do mundo ao alcance, inclusive com o primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM) do país.

    Em 2018, a escalada foi amenizada quando o então presidente dos EUA, Donald Trump, realizou um acordo histórico com Kim Jong-un. Na ocasião, a Coreia do Norte prometeu pausar os lançamentos de mísseis e aparentemente destruiu várias instalações de testes nucleares. Washington, por sua vez, suspendeu exercícios militares em larga escala com a Coreia do Sul e outros aliados regionais.

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    Apesar de as negociações entre os dois chefes de Estado desmoronarem ao longo do mandato do ex-presidente americano, o número de lançamentos de mísseis norte-coreanos também permaneceu baixo durante a pandemia de Covid-19 – apenas quatro em 2020 e oito em 2021.

    Nesse período, Pyongyang ficou cada vez mais isolada ao fechar completamente suas fronteiras e com diplomatas estrangeiros e trabalhadores humanitários fugindo em massa do país.

    Por que os testes estão aumentando agora

    O disparo de seis mísseis nas últimas duas semanas reativou a corrida balística de Kim Jong-un em um ano que viu o maior número de lançamentos desde que o líder assumiu o poder, em 2011.

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    Entre as razões para a aceleração dos testes agora, está o esforço do governo norte-coreano em demonstrar a potência contra um novo governo dos EUA, comandado por Joe Biden, que está se concentrando em alianças com a Coreia do Sul.

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    De acordo com especialistas, Kim Jong-un também pode estar enviando uma mensagem ao apresentar deliberadamente o arsenal da Coreia do Norte durante um período de conflito global intensificado.

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    “Eles querem lembrar ao mundo que não devem ser ignorados, que eles existem e seus engenheiros estão trabalhando dia e noite para desenvolver armas nucleares e sistemas de lançamento”, disse à CNN Andrei Lankov, professor da Universidade Kookmin, da Coreia do Sul.

    A eclosão da guerra na Ucrânia também pode ter aumentado a confiança de Kim Jong-un a agir agora. Segundo Lankov, o conflito entre Moscou e Kiev demonstrou que “se você tem armas nucleares, pode ficar ficar impune”, ao passo que a falta dessas armas deixa a nação “em apuros”.

    O que o Ocidente pode fazer para conter a Coreia do Norte

    Apesar da rápida resposta militar dos EUA, que enviou um grupo de ataque de porta-aviões da Marinha para a península coreana após lançamentos de mísseis norte-coreanos, especialistas dizem que há pouco a fazer para interromper ou se preparar para os testes de armas da Coreia do Norte.

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    + Exibição de força da Coreia do Sul falha e militares pedem perdão

    Embora essas demonstrações de força possam servir para impedir uma nova guerra, elas não freiam o desenvolvimento de armas ou testes de mísseis de Pyongyang. 

    “Provavelmente deixará algumas pessoas nos EUA e (Coreia do Sul) um pouco mais felizes, mas terá zero impacto no comportamento e na tomada de decisões da Coreia do Norte”, argumentou Lankov.

    Um teste nuclear está próximo?

    Autoridades sul-coreanas e americanas alertam desde maio para o fato de que a Coreia do Norte pode estar se preparando para um teste nuclear, com imagens de satélite mostrando atividade em seu local subterrâneo de testes nucleares.

    Apesar da preocupação de que um potencial teste nuclear possa ocorrer a “qualquer momento”, pesquisadores estimam que Kim Jong-un deve esperar até que a China realize seu Congresso do Partido Comunista no fim deste mês.

    Segundo especialistas, a Coreia do Norte depende da ajuda chinesa para manter seu país à tona. Isso significa que a nação não pode prejudicar o evento mais significativo do calendário político chinês.

    Depois de outubro, no entanto, a probabilidade da realização de testes de armas mais significativos aumentará, de acordo com analistas militares.

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