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Por que a cúpula entre Trump e Kim será em Singapura

Cidade-Estado é segura, perto de Pyongyang e mantêm boas relações diplomáticas com Estados Unidos e Coreia do Norte

Por Da Redação
Atualizado em 12 mar 2021, 06h02 - Publicado em 10 Maio 2018, 20h28
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  • Tem um pé no Oriente e outro no Ocidente, é ultramoderna e segura. Singapura é uma escolha confiável para a histórica cúpula entre os líderes de Estados Unidos e Coreia do Norte.

    O presidente americano Donald Trump indicou nesta quinta-feira (10) que o encontro com o líder norte-coreano Kim Jong-un acontecerá em Singapura em 12 de junho, informação confirmada pelo ministério das Relações Exteriores singapuriano.

    “Façamos que seja um momento especial para a paz mundial!”, tuitou Trump. O anúncio do presidente americano chegou um dia depois da segunda visita de seu secretário de Estado, Mike Pompeo, a Pyongyang nas últimas semanas.

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    Singapura, um importante centro financeiro do sudeste asiático, tinha várias vantagens para ser o local escolhido: sua neutralidade, suas garantias em relação à segurança e um longo histórico como anfitrião de cúpulas internacionais, apontaram vários analistas.

    A cidade-Estado se considera como um dos lugares mais seguros da Ásia. Aplica fortes restrições ao exercício da imprensa e controla estreitamente as reuniões públicas, dando lugar a um ambiente que agrada os norte-coreanos.

    Neutralidade

    Trata-se de um dos poucos Estados que mantêm boas relações diplomáticas com Washington e Pyongyang. O governo de Singapura considera os Estados Unidos como um aliado próximo, e a Coreia do Norte tem uma embaixada na cidade-Estado.

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    Coreia do Norte e Singapura mantém longa história de cooperação — o primeiro escritório de advogados e o primeiro restaurante de comida rápida instalados em Pyongyang foram abertos por singapurenses —, embora a relação tenha piorado no ano passado quando o país insular aplicou as novas sanções comerciais da ONU contra o regime norte-coreano.

    Singapura também é uma escolha aceitável para a China, o principal aliado da Coreia do Norte, que exerce uma grande influência sobre Pyongyang, mesmo que o país não vá participar do encontro do mês que vem.

    Sem antecedentes

    Ao aceitar reunir-se com Trump a 5.000 quilômetros de distância de Pyongyang, Kim deve percorrer uma grande distância fora de sua zona de conforto. Desde que assumiu o poder, o ditador só viajou oficialmente ao exterior este ano, com duas visitas à China, onde se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping.

    Também cruzou a fronteira com a Coreia do Sul em abril, durante uma cúpula histórica com o presidente Moon Jae-in, tornando-se o primeiro líder de seu país a pisar no solo sul-coreano desde o cessar-fogo da Guerra da Coreia em 1953.

    Trump havia sugerido que a Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias poderia acolher o encontro com Kim — antes de descartar essa opção na quarta-feira, ao que tudo indica para evitar que a reunião pareça uma repetição do encontro dos líderes coreanos de abril. Também abandonou ainda a ideia de celebrar a cúpula na Mongólia, ao que parece por questões de segurança.

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    Distância

    Segundo o jornal The Washington Post, a distância relativamente curta entre Singapura e Pyongyang também foi um dos fatores considerados. Aparentemente, o regime de Kim Jong-un não possui aviões de última geração, capazes de voar por muito tempo sem se reabastecer de combustível.

    Singapura tem a vantagem de ser uma viagem de avião relativamente curta da Coreia do Norte, apesar de ser uma metrópole moderna que oferece instalações de primeira classe. É também um país que passou por um rápido desenvolvimento econômico, transformando-se em um país de primeiro mundo em poucas décadas sob a liderança do autoritário Lee Kuan Yew.

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    Histórico de encontros

    A cidade-Estado tem experiência em sediar encontros internacionais. Em 2015, foi palco deuma reunião histórica entre Xi Jinping e o então presidente taiwanês Ma Ying Jeou.

    Singapura também recebe anualmente o diálogo Shangri-La, uma reunião sobre assuntos de segurança, na qual participam chefes de Estado, ministros de Defesa e militares de alta patente.

    (Com AFP)

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