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Por que os Estados Unidos não matam Kim Jong-un?

O governo da Coreia do Norte orientou suas unidades de mísseis para disparar imediatamente caso escutem que o ditador foi assassinado

Por Luiza Queiroz
Atualizado em 7 set 2017, 17h00 - Publicado em 7 set 2017, 11h48

Segundo a lei americana, a possibilidade de matar Kim Jong-un para evitar uma guerra não existe. “A legislação dos Estados Unidos proíbe ações encobertas para assassinar políticos rivais em outros países do mundo”, diz Rebecca Lissner, especialista em segurança nuclear no Council on Foreign Relations (CFR).

A proibição, contudo, não impediu a agência de inteligência americana, CIA, de fazer esse tipo de coisa em vários lugares. O problema no caso da Coreia do Norte é que a operação seria muito difícil.

As informações sobre o país são escassas e o paradeiro de Kim Jong-un é um mistério. “Os Estados Unidos provavelmente errariam o alvo. Nós tentamos matar Saddam Hussein no início da segunda Guerra do Golfo e o perdemos. Ficamos oito meses tentando capturá-lo para matá-lo. Osama bin Laden, da Al Qaeda, escapou dos Estados Unidos por uma década. Com Kim Jong-un provavelmente seria a mesma coisa”, diz o americano Shea Cotton, especialista em relações internacionais do Instituto Middlebury, em Monterey, Estados Unidos.

Organizar um complô para matar Kim Jong-un também seria inviável, já que o círculo próximo do ditador é de extrema confiança. Aqueles que despertaram alguma suspeita já foram executados.

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Por fim, a morte de Kim Jong-un poderia provocar uma guerra imediata. “Pelo que sabemos, o governo deu ordens para suas unidades de mísseis para disparar caso eles escutem que Kim Jong-un foi morto”, diz Cotton.

A política interna na Coreia do Norte tampouco mudaria se isso acontecesse. “Provavelmente, quem assumiria o poder seria um grupo de líderes, mas isso não afetaria o atual sistema nas suas principais políticas. A Coreia do Norte é um tanto parecida com Cuba, mas ainda mais rígida”, diz o australiano Adrian Buzo que, no dia 15 de setembro, lançará o livro, Politics and Leadership in North Korea: The Guerilla Dynasty.

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