Por telefone, Trump e Putin coordenam ações na Síria
Kremlin informou que os Estados Unidos passam a ser seu "mais importante parceiro no combate ao terrorismo internacional"
Donald Trump fez uso do famoso telefone presidencial americano na Casa Branca, em Washington, neste sábado, uma semana após assumir a presidência dos Estados Unidos. Enquanto o aeroporto de Nova York recebia protestos contra sua medida de imigração contra sete países muçulmanos, Trump telefonou para vários líderes mundiais, incluindo o presidente russo Vladimir Putin.
O Kremlin divulgou o teor da conversa e informou que Trump e Putin concordaram em impulsionar os laços entre as duas potências. Os presidentes concordaram em “estabelecer coordenação real de ações para combater o Estado Islâmico e outros grupos terroristas na Síria”, diz comunicado.
O governo russo afirmou que “ambos os lados mostraram disposição para trabalharem de forma ativa juntos para estabilizar e desenvolver a cooperação entre Rússia e Estados Unidos”. Trump e Putin discutiram uma série de temas, incluindo o conflito na Ucrânia, a situação do Oriente Médio, o programa nuclear do Irã e a península da Coreia.
O Kremlin afirma que os dois líderes vão manter “contato pessoal regularmente” e começar preparações para um encontro presencial. Putin ainda afirmou que “vê os Estados Unidos como o mais importante parceiro no combate ao terrorismo internacional”, segundo o comunicado. Os dois líderes, acrescenta, concordaram em priorizar “esforços conjuntos em combater a principal ameaça: o terrorismo internacional”.
O governo russo aplaudiu a promessa de Trump de reconstruir as relações entre Estados Unidos e Rússia. O relacionamento entre os dois países chegou ao seu pior nível desde o fim da Guerra Fria em meio à crise na Ucrânia, a guerra na Síria e alegações de interferência russa nas eleições norte-americanas.
Sean Spicer, secretário de imprensa da Casa Branca, exibiu imagens da conversa telefônica de Trump com Putin e com a presidente alemã Angela Merkel. O presidente americano ainda deve conversar com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, com o presidente francês, François Hollande; e com o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull.
(com Estadão Conteúdo e Associated Press)