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Prefeita de Paris volta a mergulhar no Sena antes da abertura da Paralimpíada

Níveis elevados de contaminação das águas atrapalharam os Jogos, mas Anne Hidalgo reafirma que prática será possível a todos 'a partir do próximo ano'

Por Amanda Péchy Atualizado em 28 ago 2024, 12h20 - Publicado em 28 ago 2024, 12h03
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  • A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, voltou a mergulhar no Sena na terça-feira 27, antes da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos nesta quarta-feira, 28. O objetivo foi exibir aos franceses, novamente, a balneabilidade da artéria em torno da qual a cidade se organiza, após as Olimpíadas terem sido marcadas por ceticismo quanto à limpeza das águas no cartão postal parisiense.

    Em um vídeo publicado nesta terça-feira em sua conta no Instagram, Anne aparece tomando banho, sorridente, sob um céu ensolarado na capital francesa, acompanhada por dezenas de pessoas na água. O gesto ocorre poucos dias antes das primeiras provas de paratriatlo, marcadas para domingo, dia 1º de setembro.

    “A partir do próximo ano, nadar no Sena se tornará uma atração imperdível durante o verão parisiense”, garantiu Hidalgo na legenda que acompanha o vídeo, reiterando sua promessa de campanha de tornar o rio adequado para banho público a partir de 2025.

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    Uma publicação compartilhada por Anne Hidalgo (@annehidalgo)

    A limpeza do Sena foi um dos principais “legados olímpicos” proclamados pelos organizadores dos Jogos. A prefeita já tinha nadado pela primeira vez no Sena no dia 17 de julho, nove dias antes do início das Olimpíadas, cumprindo sua promessa mais de cem anos depois de o banho ter sido proibido no rio parisiense.

    No total, o Estado e outras administrações públicas investiram 1,4 bilhões de euros (cerca de R$ 8,63 bilhões na cotação atual) desde 2016, durante o primeiro mandato de Hidalgo, para tornar possível a prática de mergulhar no Sena e no Marne, o seu principal afluente. Além de melhoras no sistema de esgoto de Paris, para garantir que lixo não deságue por lá, foram construídas novas instalações de tratamento e armazenamento de água.

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    Durante a competição, porém, ficou acordado que, se as águas não estivessem em boa condição, não seria possível receber ali as provas da maratona aquática e do triatlo. Antes de cada competição, foi batido o martelo se o Sena está apto ou não.

    No dia 28 de julho, um treino de natação dos atletas de triatlo nos Jogos Olímpicos de Paris foi cancelado pelo nível ruim da qualidade da água, com aumento de E. coli, indicador de material fecal. Dois dias depois, a prova de triatlo masculino precisou ser adiada um dia por “motivos de saúde”, ainda devido aos elevados níveis de contaminação.

    A culpa foi, sobretudo, das fortes chuvas. O novo reservatório, que tem capacidade para armazenar o equivalente a trinta piscinas olímpicas, não deu conta e aconteceu o que não deveria: a sujeira foi arrastada para o rio. Alguma instalações de esgoto ainda são antigas – datam do século XIX –, e por isso despejam os dejetos no rio.

    Atletas paraolímpicos irão ao Sena para a prova de natação de paratriatlo nos dias 1 e 2 de setembro.

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