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Premiê croata condena julgamento de general que cometeu suicídio

Andrej Plenkovic fala sobre "injustiça moral" contra condenados por crimes de guerra cometidos durante conflito na Bósnia

Por Gustavo Silva Atualizado em 4 jun 2024, 17h56 - Publicado em 30 nov 2017, 12h21
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  • Primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic
    O primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, durante coletiva de imprensa em Zagreb, depois que o criminoso croata de guerra da Bósnia, Slobodan Praljak, morreu bebendo veneno no tribunal - 29/11/2017Former military commander Praljak, who died in hospital, was one of six Bosnian Croats whose convictions were upheld by the International Criminal Tribunal for the former Yugoslavia (ICTY) in The Hague. / AFP PHOTO / - (Foto/AFP)

    O primeiro-ministro da Croácia, Andrej Plenkovic, condenou nesta quarta-feira o julgamento do ex-general bósnio-croata Slobodan Praljak no Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), em Haia, Holanda. O premiê declarou que o suicídio do militar, que havia sido sentenciado a 20 anos de prisão por crimes de guerra pela Corte, “parecia ser o único modo de mandar a mensagem que a sentença é injusta e inaceitável”.

    “O seu ato mostra a profunda injustiça moral contra seis croatas da Bósnia e contra o povo croata”, manifestou Plenkovic em entrevista coletiva em Zagreb, em referência aos outros cinco bósnios-croatas condenados como o suicida. As sentenças foram pronunciadas em 2013, e confirmadas na sessão de apelação nesta quarta-feira. Segundo o premiê, o ato cometido por Praljak, de 72 anos e preso desde 2004, “mostra quanto ele estava convencido de que tudo o que fazia, fazia pelo bem do povo croata”.

    Após ouvir o veredito do TPII, Praljak bebeu um líquido que estava em um pequeno frasco, que supostamente continha uma substância venenosa, e morreu pouco depois em um hospital da Haia. Ele foi considerado culpado pela participação no massacre na vila bósnia de Stupni Do em 1993, que deixou 36 pessoas mortas, incluindo três crianças, e de associação criminosa com o regime de Franjo Tudjman, então presidente da Croácia durante a Guerra da Bósnia (1992-95).

    Plenkovic, líder do partido conservador nacionalista HDZ, considerou as “alusões” à antiga direção política do país em relação a crimes de guerra como “falsas e errôneas”. O primeiro-ministro croata disse que seu governo buscará “os modos jurídicos e políticos” para negar as conclusões da sentença que se referem à Croácia, e, em seu pronunciamento, qualificou como o absurdo o fato do TPII não relacionar o líder militar sérvio-bósnio Ratko Mladic, recém-condenado à prisão perpétua, ao regime de Belgrado, “desde onde, evidentemente, foram dirigidas todas as guerras dos anos 1990”.

    O primeiro-ministro, contudo, negou que a sentença vá influenciar negativamente nas relações entre a Croácia e a Bósnia, as quais classificou de “mútuo respeito, confiança e amizade”. “A Croácia seguirá sustentando tal política, orientada para a estabilidade, reconciliação e a satisfação de todas as vítimas”, acrescentou Plenkovic.

     

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