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Premiê da Austrália indica caminho rumo ao republicanismo

Anthony Albanese indicou nesta quarta-feira, 1, Matt Thistlethwaite como novo ministro da República e sinaliza com mudança do tipo de governo do país

Por Matheus Deccache Atualizado em 2 jun 2022, 11h29 - Publicado em 1 jun 2022, 19h10
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    SYDNEY, AUSTRALIA - MAY 21: Labor Leader Anthony Albanese, his partner Jodie Haydon and his son Nathan Albanese celebrate victory during the Labor Party election night event at Canterbury-Hurlstone Park RSL Club on May 21, 2022 in Sydney, Australia. Labor leader Anthony Albanese has claimed victory over Liberal Prime Minister Scott Morrison to become Australia's 31st Prime Minister. (Photo by James D. Morgan/Getty Images) (James D. Morgan/Getty Images)

    O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, nomeou nesta quarta-feira, 1, Matt Thistlethwaite como o novo ministro da República do país, em um movimento que pode sinalizar um afastamento com a Família Real rumo ao republicanismo. Albanese já havia sido pressionado durante a sua campanha para afastar a Austrália da monarquia.

    Jason Clare, do mesmo partido do premiê, disse anteriormente que o foco da sigla era fornecer uma voz para as Primeiras Nações, em referência aos aborígenes que viviam no território antes da chegada dos ingleses.

    “Os australianos indígenas têm sido incrivelmente pacientes. Nossa constituição não estará completa até que reconheça e tenha dentro de si nossos irmãos e irmãs indígenas e reconheça uma história de mais de 60.000 anos”, disse ele.

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    Em 2021, o partido já havia afirmado que “apoiava e iria trabalhar para estabelecer uma república australiana com um chefe de estado australiano”, fala corroborada por Albanese, que já chegou a dizer que “a hora para um novo tipo de governo no país chegou”.

    Nesta quarta, Thistlethwaite disse que seu principal papel seria educar o povo australiano sobre os atuais arranjos constitucionais e sobre o funcionamento de um monarca inglês como chefe de Estado.

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    “À medida que a rainha Elizabeth chega ao crepúsculo de seu reinado, é uma boa oportunidade para discutir seriamente sobre o que vem a seguir para a Austrália”, disse o ministro assistente ao jornal britânico The Guardian

    “Literalmente, centenas de australianos poderiam desempenhar o papel, então por que não nomeamos um australiano como nossa posição máxima sob a constituição? Vai levar tempo, mas se você quiser fazer isso corretamente, devemos começar a discussão agora, então estamos prontos para entrar em um segundo mandato de um governo albanês”, completou. 

    Durante sua campanha, Albanese já havia se comprometido em realizar um referendo no parlamento sobre a voz indígena e o reconhecimento constitucional para os povos das Primeiras Nações durante o seu primeiro mandato. De acordo com um porta-voz, este é o único referendo que o governo está preocupado no momento. 

    Em coro, Thistlethwaite disse que as reformas indígenas deverão e, de fato, virão primeiro, mas uma discussão sobre a república viria naturalmente em sequência. 

    “Pela primeira vez, a Austrália tem um ministro da coroa dedicado a remover a coroa”, disse o presidente do Movimento da República Australiana, Peter FitzSimons, se referindo à nomeação como o “maior avanço deste século para o assunto”. 

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    Para Thistlethwaite, o objetivo maior é que essas discussões unam os australianos e não os separem como em 1999. Na ocasião, um referendo sobre a adoção de uma república falhou mesmo com todas as pesquisas apontando o contrário.  

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    Ainda de acordo com ele, seu trabalho irá incluir uma consulta pública sobre o modelo a ser apresentado ao público, incluindo “perguntas abertas” sobre o papel da monarquia britânica, como um presidente seria eleito e se a Austrália deveria permanecer na Commonwealth. 

    “Das 54 nações membros da Commonwealth, a maioria são repúblicas, então a Austrália está em minoria. Podemos manter nosso sistema de governo e modo de vida, mas ter um australiano como chefe de estado e reconhecer nossa independência”, disse o novo ministro, reafirmando que a relação com a Família Real não irá mudar.

    Segundo ele, os membros da Coroa ainda irão visitar o país, como fazem em outras nações. Além disso, eles estarão sempre na mídia e serão sempre bem-vindos em qualquer ocasião. 

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