Premiê de Israel defende perdão a soldado que matou palestino
Elor Azaria foi condenado por atirar em um palestino que já estava imóvel, depois de a vítima ferir outro soldado israelense
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira que apoia o perdão a um soldado israelense condenado por assassinar a tiros um agressor palestino deitado no chão, ferido e imóvel, na Cisjordânia ocupada.
A decisão de julgar o sargento Elor Azaria, que matou o palestino depois que o agressor esfaqueou um outro soldado israelense em março, provocou uma longa polêmica em Israel. A decisão do Tribunal Militar de condenar o jovem, anunciada nesta quarta, fez com que políticos de direita pedissem que o presidente Reuven Rivlin perdoasse o réu de 20 anos.
“Este é um dia difícil e dolorido, primeiro e principalmente para Elor, a sua família, soldados israelenses, muitos cidadãos e pais de soldados, entre eles eu. Eu apoio conceder um perdão para Elor Azaria”, disse Netanyahu na sua página no Facebook.
Morte
Os três juízes responsáveis pelo caso condenaram o israelense por matar Abdel Fatah Sharif, de 21 anos, com um tiro na cabeça, em Hebrom, na Cisjordânia. No episódio de 2016, que foi filmado por um palestino e publicado pela ONG de direitos humanos B’Tselem, Sharif e um outro agressor, Ramzi Aziz al-Qasrawi, esfaquearam um soldado israelense e foram rapidamente cercados pela tropa que estava na região.
Com os disparos, Al-Qasrawi morreu e Sharif ficou gravemente ferido no chão a ponto de não conseguir se mexer. Após o palestino ter sido desarmado, as filmagens mostram Azaria preparando a sua arma e atirando na cabeça do atacante.
(Com Reuters)