Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Premiê islandês vendeu ativos horas antes de crise econômica

Documentos obtidos pelo The Guardian apontam que primeiro-ministro mantinha "relação privilegiada" com executivos de fundo de investimento em 2008

Por Da redação
6 out 2017, 18h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O atual premiê islandês, Bjarni Benediktsoon, se desfez de todos os seus ativos em um dos maiores bancos de investimentos da Islândia horas antes da bolha financeira no país explodir, em 2008. Antecipando-se à medida de emergência que permitiu o governo colocar as instituições financeiras sob seu controle, o então parlamentar fez negócios de mais de 1 milhão de euros (4,1 milhões de reais), segundo informou nesta sexta-feira o jornal The Guardian, que teve acesso a documentos vazados.

    À época, Benediktsoon fazia parte do comitê econômico e fiscal do Parlamento islandês, e mantinha conversas com executivos do fundo de investimentos Glitnir, no qual detinha milhões em papéis. Parte de uma das famílias mais ricas e poderosas do país, o premiê, sugerem os documentos, mantinha uma “relação privilegiada” com o banco. O pai e um tio do político também venderam ativos dias antes do colapso financeiro do país, que fez com que o valor da moeda local, krona, caísse pela metade e as ações da bolsa despencassem 97%.

    O premiê alega não ter cometido nenhum crime e que nenhuma investigação realizada pelas autoridades islandesas aponta irregularidades em sua conduta. A divulgação dos documentos acontece no momento que Benediktsoon se prepara para novas eleiçõesno dia 28 de outubro, agendadas devido ao colapso de sua coalizão. O governo é acusado de tentar ocultar um escândalo no qual o pai do primeiro-ministro escreveu uma carta pedindo que os registros criminais de um amigo, que cumpriu pena de cinco anos por pedofilia, fossem apagados.

    Não é a primeira vez que Benediktsson está relacionado a fraudes financeiras. O nome do premiê apareceu no escândalo Panama Papers em documentos que o ligavam a uma empresa da ilha de Seychelles. Mais de 170 pessoas e empresas islandesas foram citadas nos papéis – entre eles, Sigmundur Gunnlaugsson, ex-primeiro-ministro do país. Ele foi forçado a renunciar após protestos populares em decorrência da revelação de contas ligadas a ele e familiares em paraísos fiscais.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.