Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Presidente do Equador diz que Assange tentou criar ‘centro de espionagem’

Lenín Moreno afirmou que o fundador do WikiLeaks teve acesso a equipamentos para "interferir nos assuntos de outros Estados" durante asilo em embaixada

Por AFP Atualizado em 14 abr 2019, 22h21 - Publicado em 14 abr 2019, 22h17

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o presidente equatoriano, Lenín Moreno, explicou o motivo de ter retirado o asilo político de Julian Assange, o fundador da WikiLeaks, preso na última quinta-feira 11. Segundo ele, o australiano teria criado um “centro de espionagem” na embaixada do Equador em Londres, local onde foi preso.

O líder equatoriano afirmou, ainda, que o governo anterior ofereceu equipamentos que permitiram a Assange “interferir nos assuntos de outros Estados”. “Não podemos permitir em nossa casa, a casa que abriu suas portas, nos tornarmos um centro de espionagem. Essa atividade viola as condições de asilo”, acrescentou, assegurando que a decisão de retirar o asilo de Assange “não é arbitrária, mas se baseia no direito internacional”.

Moreno denunciou também a atitude “absolutamente repreensível e escandalosa” de Julian Assange na embaixada e seu “comportamento inapropriado em matéria de higiene”. Segundo Quito, Assange teria sujado as paredes com suas fezes — acusação que a advogada de Assange refuta.

O caso

Assange foi detido na quinta-feira 11 na embaixada do Equador em Londres, onde havia obtido asilo há sete anos para escapar de uma ordem de detenção britânica por acusações de estupro e agressão sexual na Suécia, que ele sempre negou. Apesar dos casos terem sido engavetados, promotores suecos sinalizaram uma possível reabertura do inquérito após o anúncio de sua detenção. A advogada do réu, Jennifer Robinson, afirmou que ele está disposto a cooperar com as autoridades suecas caso a reabertura aconteça.

Continua após a publicidade

O australiano de 47 anos também é alvo de um pedido de extradição dos Estados Unidos. No ano de 2010, o WikiLeaks divulgou mais de 90.000 documentos confidenciais relacionados a ações militares de Washington no Afeganistão e cerca de 400.000 documentos secretos sobre a guerra no Iraque, em um dos maiores vazamentos de dados secretos da história.

Segundo a investigação, Assange teria conseguido os dados com a ajuda da ex-analista de inteligência do Exército dos Estados Unidos Chelsea Manning. Para a advogada do réu, a prioridade é evitar a extradição. “Julian nunca se preocupou em enfrentar a justiça britânica ou a justiça sueca”, disse Robinson. “Este caso é e sempre foi sobre sua preocupação de ser enviado para a injustiça americana”, completou.

O presidente equatoriano declarou ao The Guardian ter recebido “garantias escritas” de Londres de que Julian Assange não será extraditado a um país em que ele possa ser vítima de tortura, de maus tratos ou condenado à pena de morte.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.