O príncipe William será o primeiro membro da Família Real britânica a realizar uma visita oficial a Israel e à Palestina na próxima semana. A viagem é considerada carente de mensagem política, mas ocorre em um contexto tenso.
Outros membros da Família, como os duques de Gloucester ou de Kent, primos da rainha Elizabeth II, viajaram a Israel no passado, mas ninguém do nível do William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, havia feito uma visita do tipo.
O príncipe de 36 anos chega nesta segunda-feira (25) no aeroporto internacional de Tel Aviv vindo da Jordânia. Depois irá à Cisjordânia e a Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade que Israel anexou e que os palestinos reivindicam como capital do Estado ao qual aspiram.
Em um contexto de tensão, os britânicos destacam que o príncipe não é uma personalidade política. Mas as visitas oficiais reais são organizadas a pedido do governo.
Há israelenses que denunciam o fato de que o programa oficial mencione uma visita a Jerusalém Oriental e a situa nos “Territórios Palestinos ocupados”.
“Jerusalém unificada é a capital de Israel há mais de 3.000 anos”, afirmou no Twitter o ministro israelense encarregado dos Assuntos de de Jerusalém, Zeev Elkin. “E nenhuma distorção no informe entregue [pelos britânicos] por uma ou outra visita mudará essa realidade”.
A comunidade internacional considera Jerusalém Oriental como território palestino ocupado. Porém, a decisão do presidente americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel continua gerando mal-estar entre os palestinos.
O príncipe se hospedará no Hotel King David de Jerusalém, o antigo quartel-general da administração britânica durante seu mandato na Palestina, antes da criação do Estado de Israel, em 1948.
Na terça (26) depositará uma coroa de flores no Memorial do Holocausto, antes de se reunir em separado com o premiê israelense Benjamin Netanyahu e o presidente Reuven Rivlin.
Na quarta, se encontrará com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada e visitar os refugiados e jovens palestinos. Sua visita concluirá na quinta, quando subirá o Monte das Oliveiras, em Jerusalém Oriental.
(Com AFP)
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