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Procuradores do Peru tentam impedir Kuczynski de deixar o país

O presidente peruano renunciou nesta quarta-feira por escândalos de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht

Por Da redação
22 mar 2018, 10h19
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  • O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski durante reunão em Lima - 6/2/2018 (Mariana Bazo/Reuters)

    Procuradores anticorrupção do Peru pediram à Justiça que impeça o presidente Pedro Pablo Kuczynski de deixar o país, disse uma fonte do Judiciário na noite desta quarta-feira. A solicitação veio horas depois de ele anunciar sua renúncia tendo em vista um impeachment quase certo.

    Kuczynski, ex-banqueiro de Wall Street de 79 anos que chegou a ter cidadania norte-americana, tem direito a imunidade presidencial contra processos até o Congresso aceitar formalmente sua renúncia e o vice-presidente, Martín Vizcarra, ser empossado em seu lugar. Luis Galarreta, o presidente do Congresso, disse que isso provavelmente acontecerá na sexta-feira.

    Kuczynski nega qualquer irregularidade e prometeu cooperar com uma investigação de corrupção sobre suas conexões com a empreiteira brasileira Odebrecht, que admitiu ter subornado autoridades em toda a América Latina.

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    O Força Popular, partido de oposição de direita que controla o Congresso, tentou tirar Kuczynski do cargo pela primeira vez em dezembro, depois de revelar que ele omitiu pagamentos feitos pela Odebrecht à sua consultoria, sediada no Estado norte-americano da Flórida, quando ocupava um cargo em um governo anterior.

    Kuczynski passou meses prometendo não renunciar e culpando a oposição de direita por escândalos constantes que disse o terem impossibilitado de governar o Peru, um dos mercados latino-americanos mais estáveis e o segundo maior produtor mundial de cobre.

    Mas gravações secretas de áudio e vídeo divulgadas nesta semana implicaram o presidente em alegações de compra de votos que levaram até seus apoiadores mais fiéis a pedirem sua saída.

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    Kuczynski disse que o material, no qual aliados seus são ouvidos oferecendo acesso a contratos de obras públicas lucrativos em troca de apoio político contra um processo de impeachment, foi editado e é parte de uma campanha incansável para difamá-lo. Mas o clima político hostil se tornou insustentável, acrescentou.

    O Peru tem um histórico de prisões de ex-presidentes e de presidentes foragidos. O ex-presidente autoritário Alberto Fujimori fugiu do Peru para o Japão, terra de seus pais, quando sua década no poder terminou com um escândalo de corrupção e protestos.

    No ano passado o ex-presidente Ollanta Humala recebeu uma pena de até 18 meses de detenção pré-julgamento enquanto procuradores preparam acusações relacionadas à Odebrecht.

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    (Com Reuters)

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