A nova medida de segurança do governo dos Estados Unidos, que proíbe dispositivos eletrônicos em voos com origem em oito países do Oriente Médio e da África, foi motivada por possíveis ameaças do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), informou a rede ABC.
De acordo com a emissora, os serviços de inteligência americanos obtiveram informações no início do ano que indicam que membros do EI estão procurando formas para esconder explosivos em aparelhos, com a intenção de atingir voos a caminho dos Estados Unidos. O governo considerou a ameaça como “substancial” e “crível”.
Em entrevista à ABC, o deputado democrata Eric Swalwell, membro do Comitê de Inteligência do Congresso, afirmou que “grupos extremistas nos Estados Unidos e fora dele buscam derrubar aviões ligados aos EUA”, por serem “alvos de grande valor”. “Estamos fazendo tudo o que podemos para prevenir que isso aconteça”, afirmou.
Na segunda-feira, a imprensa americana noticiou que dispositivos maiores do que telefones celulares, como notebooks, tablets e câmeras, precisariam ser guardados na bagagem despachada, em voos de companhias estrangeiras vindos de dez aeroportos pelo mundo (Amã, Cairo, Istambul, Jidá, Riad, Kuwait, Doha, Dubai, Abu Dhabi e Casablanca). No dia seguinte, o governo do Reino Unido também adotou regra semelhante, que se aplica a todos os voos diretos com origem na Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita.