Protestos contra corrupção deixam 1 morto e 200 feridos no Iraque
Policiais usaram gás lacrimogêneo, canhões de água, balas de borracha e até mesmo armas de fogo para conter os protestos
Pelo menos uma pessoa morreu e outras 200 ficaram feridas nesta terça-feira, 1, durante uma série de manifestações em Bagdá contra a corrupção, o desemprego e a condição dos serviços públicos no Iraque. Este é primeiro grande movimento social enfrentado pelo atual governo em quase um ano de exercício.
A confusão começou, segundo uma fonte da polícia que pediu anonimato, depois que manifestantes jogaram pedras e garrafas vazias contra os policiais, que responderam com gás lacrimogêneo. As forças do governo também usaram canhões de água, balas de borracha e até mesmo armas de fogo para conter os protestos.
Imagens divulgadas pela imprensa local mostram centenas de homens e jovens carregando bandeiras iraquianas e andando entre colunas de fumaça, alguns deles feridos.
O Ministério do Interior e o Ministério da Saúde confirmaram a morte de um manifestante. A causa da morte não foi divulgada. Em um comunicado, os órgãos afirmaram ainda que das 200 pessoas feridas, 40 eram agentes das forças de segurança.
Muitos dos feridos deixaram os centros médicos depois de receber os primeiros socorros e quase 50 continuam hospitalizados.
Ao todo, cerca de 1.000 pessoas tomaram as ruas em direção à praça Tahrir, atendendo um chamado feito pelas redes sociais. Os manifestantes começaram a protestar contra o governo devido ao aumento do desemprego, principalmente entre os jovens, e pelo combate à corrupção.
O plano da manifestação pacífica era de chegar na Zona Verde, complexo de construções que abriga diversos edifícios governamentais e embaixadas na capital. À medida que se deslocavam, mais e mais pessoas se juntaram à passeata.
Em nota, o Departamento do Interior pediu “calma e autocontrole” aos cidadãos. O órgão afirmou ainda que as autoridades trabalham pela proteção dos manifestantes e que se “solidariza” com a liberdade de expressão garantida pela Constituição.
(Com AFP e EFE)