Desde que a Assembleia Nacional Constituinte (ANC) foi instalada, em 4 de agosto, os ânimos das ruas da Venezuela esfriaram bastante.
Segundo o Observatório Venezuelano de Conflitividade Social, o número de protestos caiu 80% em agosto se comparado com o mês de julho, que registrou cerca de 1700 atos contra o governo.
Um dos motivos para a aparente calmaria é a frustração com a oposição, que foi incapaz de conter o nascimento de uma nova ditadura na América Latina por Nicolás Maduro.
“É possível que haja uma nova onda de protestos, porque há muita raiva e mal estar. Qualquer desencadeador, vai fazer as pessoas saírem às ruas de forma massiva, desde que haja uma liderança clara pedindo a saída deste governo”, afirma Erik Del Bufalo, professor de filosofia da Universidade Simón Bolivar.
Outro motivo foi a crueldade da repressão. Em pouco mais de quatro meses, 163 pessoas morreram e mais de 4 000 ficaram feridas nos embates com as forças de segurança, como a PNB, a Guarda Nacional Bolivariana (GNB), o Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) e os colectivos, grupos armados de civis.
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